Economia
22/12/2014Consumidor paulistano deve gastar menos com o presente de Natal em 2014
Sondagem da FecomercioSP indica que o valor médio será de R$ 42 por presente, contra R$ 55 em 2013

O consumidor paulistano pretende gastar menos com o presente de Natal neste ano. Enquanto em 2013 o valor gasto era, em média, R$ 55 por presente, em 2014 deverá ser de R$ 42, de acordo com sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento foi realizado com 1.111 consumidores no município de São Paulo nos dias 12, 15 e 16 de dezembro.
O valor médio do presente em 2014 voltou ao patamar de 2012, ou seja, em termos reais está cerca de 10% a 12% abaixo do que se verificou há dois anos, e mais de 20% abaixo do registrado no ano passado.
Há dois anos, o gasto médio com o total de presentes de Natal girava em torno de R$ 177, subindo para R$ 190 em 2013 e, agora, caindo para R$ 129.
A intenção em presentear também foi reduzida. Cerca de 60% entrevistados dizem que vão presentear nesse Natal, contra 67% em 2013 e 84% em 2012.
O resultado das compras nem sempre está exatamente refletido nas sondagens, mas a previsão é de Natal mais magro neste ano. Os gastos efetivos com presentes de Natal deverão atingir quase R$ 1,5 bilhão neste ano na capital paulista.
Vestuário, calçados e acessórios estão no topo da lista de presentes, com 60,2% das respostas. Brinquedos aparecem em segundo lugar na lista, com 38,9%, e Perfumes e Cosméticos em terceiro lugar, com 14,9% das respostas. Na avaliação da FecomercioSP, esses itens estão no topo da lista pois os principais presenteados deverão ser mães, filhos e namoradas. Devido a esse perfil a tendência é de que a maioria dos presentes tenha características femininas e/ou infantis.
Pais e filhos
A tendência ainda é de que os pais tomem a maior parte das decisões de compra no Natal. Cerca de 2/3 dos pais afirma não levar os filhos às compras. Segundo a FecomercioSP, é um fator que reduz o impulso gerado pelos estímulos natalinos sobre as crianças. Além disso, mais da metade dos entrevistados diz que quem escolhe o presente são os pais e não filhos. A maioria dos entrevistados (53,5%) afirma ainda colocar limite no valor dos presentes na eventualidade dos filhos escolherem. Ou seja, se as crianças escolhem (o que é uma minoria), deve ser dentro de limites pré-estabelecidos, o que é bastante salutar em termos de educação financeira.
Pagamento
Tradicionalmente entre 60% e 70% dos consumidores diz que prefere pagar a vista. Porém, o que se vê na prática é o inverso: entre 60% e 70% dos consumidores acabam cedendo ao parcelamento, principalmente com o cartão de crédito. A Federação analisa que isso ocorre, pois o consumidor não consegue o desconto que pretende ao pagar à vista, por isso acaba optando por parcelar.
A Entidade ressalta que os campeões de preferência (para comprar e mesmo para se receber) são os itens de vestuário, que é o segmento de maior sazonalidade no Natal. Em dezembro as vendas desse segmento praticamente dobram em relação à média dos outros meses do ano.
Vendas
A FecomercioSP estima que o baixo crescimento da massa real de salários (cerca de 1% apenas em São Paulo) e a queda da confiança do consumidor ao longo do ano façam com que as vendas de Natal tenham fraco desempenho em 2014. De acordo com sondagem realizada com 126 empresas de varejo paulistanas, entre os dias 18 e 19 de dezembro, o faturamento geral do comércio na capital paulista deverá ser 1,3% menor do que em 2013.
A FecomercioSP destaca, no entanto, que as sondagens prévias tendem a ser um pouco mais pessimistas do que os dados efetivamente se mostram após a data. Portanto a Entidade acredita que essa queda esperada (puxada por bens duráveis) parece confirmar a expectativa de um “empate técnico” com as vendas do ano passado.
Foram 3 anos seguidos de relativo otimismo prévio ao Natal, mas desde 2013 o cenário tem mudado. Em 2010, era esperado aumento de 7%, índice que reduziu para 3,1% em 2011 e 3,8% em 2012 (mas ainda assim o crescimento esperado era positivo). Já em 2013 o cenário esperado era de queda de 3% no faturamento.
Os varejistas acreditam que o pagamento à vista não chegue a 40% do total das vendas (36,4%). Algo entre 40% e 45% das empresas sempre realiza algum tipo de promoção para alavancar as vendas nesta época. Cerca de um terço das empresas está investindo em algum tipo de ação publicitária, proporção que supera um pouco a média de outros anos, mas ainda assim adotada por uma minoria de empresas.
Ao redor de 31% das empresas contratam temporários e, destes, quase 70% contratam de 1 a 4 funcionários para esta época do ano. Mais de três quartos dos empresários que contratam temporários acaba efetivando pelo menos uma parcela destes.
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