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Editorial

Discurso de presidente executivo da FecomercioSP abre programação para empresariado na Semana S

Na sequência, o primeiro painel da noite se dedicou a investigar os desafios da inclusão social e da sustentabilidade para a gestão

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Discurso de presidente executivo da FecomercioSP abre programação para empresariado na Semana S
Evento se propôs a ser um espaço de reflexão e de interação do Sistema S com a sociedade (Foto: Edilson Dias)

A Semana S, no Sesc Pompeia, começou com as atividades voltadas para os empreendedores. No fim da tarde da última sexta-feira (16), empresários e representantes de sindicatos se reuniram para um café, seguido de um painel com especialistas em inclusão e sustentabilidade na gestão de empresas, uma palestra da jornalista Sônia Bridi sobre mudanças climáticas e um coquetel com um pocket show da cantora Paula Lima.

No discurso de abertura, o presidente executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Ivo Dall'Acqua Júnior, salientou a solidez da aliança entre Sesc São Paulo, Senac São Paulo e FecomercioSP para o desenvolvimento do País e celebrou o espaço de reflexão e interação entre o Sistema Comércio e a sociedade que o evento representou.

"Estamos falando de três instituições que acompanharam – e acompanham – o espírito do tempo; não se acomodam na tradição. Estão a todo tempo inovando, flertando com o novo, observando, discutindo e influenciando tendências. Cada uma em sua área de atuação, são verdadeiros agentes de mudança. Não à toa atravessam mais de oito décadas de trabalho em áreas fundamentais da vida brasileira, como a cultura, a educação e o empreendedorismo", constatou Dall’Acqua.

Também presente no encontro, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, destacou a importância das empresas menores para o País, já que representam 97% do varejo e são responsáveis pela maioria das vagas formais. "No imaginário popular existe uma distância entre o empregador e o empregado, mas no dia a dia de grande parte dos negócios eles estão trabalhando juntos, lado a lado", ponderou.

França mencionou que boa parte da população brasileira apresenta o louvável desejo de empreender e fazer parte da economia. O ministro revelou, ainda, que uma pesquisa recente questionou motoristas de aplicativo sobre o motivo de escolherem essa atividade profissional. “Em vez de justificarem como questão de sobrevivência, a maioria respondeu que queria fazer a sua parte para um mundo melhor”, concluiu.

Futuro inclusivo
 
O primeiro painel da noite teve como tema ‘Inclusão: caminhos e práticas de gestão para um futuro equitativo e sustentável’. Com mediação de Mônica Sodré, contou com Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos; Vanessa Pinsky, do conselho deliberativo do Capitalismo Consciente Brasil e Wal Flor, CEO da Flow.Ers, como participantes.

Wal abriu sua participação lembrando que o futuro é resultado das decisões no presente, e que, portanto, é preciso orientar essas escolhas sob uma perspectiva mais coletiva. “A cada dez crianças no Brasil, só cinco chegam aos 7 anos alfabetizadas – que é considerada a idade ideal. Então, para termos um futuro melhor, precisamos cuidar melhor dessas questões socioeconômicas”, exemplificou a fundadora da Flow.Ers. Para ela, “a tendência na área de investimento social é fazer bem-feito, para construir um mundo mais justo para todos nós”.

Também nessa linha, Vanessa afirmou que o grande desafio de gestão é explorar um novo modo de fazer negócios, encontrando soluções criadas coletivamente e com base em outra lógica, em vez de buscá-las prontas. “A gente precisa de lideranças conscientes, que considerem o impacto negativo de suas atividades, para o absorver e reequilibrar e, então, gerar ciclos virtuosos”, resumiu a conselheira.  

Para Magri, no cenário atual de transformações tecnológicas, desigualdades abissais e risco democrático decorrente da erosão das instituições, o futuro do trabalho tende a ampliar ainda mais a distância entre os grupos sociais. “Precisamos investir em educação e capacitação das camadas mais vulneráveis para formar lideranças entre as mulheres, os negros, os indígenas e as pessoas com deficiência”, listou o executivo. “Sabemos fazer e temos os recursos, o que precisamos é de uma vontade coordenada”, garantiu.

Wal acredita que a oportunidade de um amanhã equitativo passa, também, pela construção de narrativas mais positivas de futuro, ao contrário do cenário distópico da ficção, considerando o auxílio fundamental da tecnologia. E citou William Gibson, escritor de ficção científica: “O futuro já chegou, só não está uniformemente distribuído.”

No entendimento de Vanessa, a sustentabilidade precisa ser um valor transversal para a gestão que se pretende ética. “Apesar dos esforços em Logística Reversa, o nível de resíduos pós-consumo precisa ser repensado, até porque isso custa muito caro para o setor produtivo. É preciso considerar, à luz da economia circular, que todo lixo é um erro de design”, pontuou. E resumiu: “Precisamos de organizações ambidestras, que ajam no presente, mas com o olhar no futuro.”

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