Menos consumidores paulistanos comprarão presente para o Dia das Mães em 2015 e, quem comprar, deverá gastar menos do que nos últimos anos. Sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que neste ano o desempenho do comércio do município na data será o pior da década: 59% dos entrevistados estão dispostos a presentar a mãe, contra 62% que disseram o mesmo em 2014, 63% em 2013 e 2012 e 66% em 2011. O tíquete médio do presente será de R$ 57,00. No ano passado, o valor médio foi R$ 65,00 - queda nominal de 12% e real de mais de 20%. O Dia das Mães é a data mais importante para o comércio no primeiro semestre.

Mais da metade dos entrevistados já sente que está com o poder de compra menor e com o risco de desemprego maior (52,2%). Além disso, os endividamentos estão assustando cada vez mais o consumidor: 38,6% dos que não vão presentear a mãe justificaram dizendo que estão sem condições financeiras e/ou endividados. De acordo com análise da assessoria econômica da Federação, em um ano normal seria razoável esperar que os consumidores acabassem se rendendo ao apelo emocional da data e mais gente do que o declarado comprasse algo e de valor um pouco mais elevado do que o declarado. O problema é que o endividamento assusta, o fantasma da inflação ronda e o desemprego crescente já é uma realidade que se concretiza.

Tudo indica que esse Dia das Mães será ruim para o varejo e a entidade não descarta queda de até dois dígitos no faturamento real de segmentos como roupas, acessórios, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Como no Natal e na Páscoa, muitos consumidores devem esperar as liquidações pós-festividades para comprar seus presentes. Segundo a sondagem da FecomercioSP, 55% dos consumidores disseram que comprariam o presente após a data para aproveitar promoções. 

Vestuário, calçados e acessórios continuam no topo da lista de presentes, com 38,9% das intenções de compra neste ano. Em seguida estão os perfumes e cosméticos, com 14%, e eletrodomésticos, com 7,5%.  

A sondagem foi realizada no dia 30 de abril com 1.111 consumidores no município de São Paulo.