Negócios
31/05/2018FecomercioSP propõe medidas ao governo estadual para retomada do comércio após paralisação dos caminhoneiros
Entidade pede horários diferenciados de trabalho, linha de crédito de curto prazo, parcelamento do ICMS de maio e outras ações

Varejo foi um dos setores mais prejudicados pela greve, com redução considerável do fluxo de pessoas nos centros comerciais e insegurança do consumidor
(Arte: TUTU)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresenta ao Governo do Estado de São Paulo um conjunto de propostas para minimizar os problemas causados pelas paralisações dos caminhoneiros em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis. A Entidade busca reduzir o tempo de ajuste para que o País volte à normalidade. O varejo foi um dos setores mais prejudicados pela greve, com redução considerável do fluxo de pessoas nos centros comerciais e insegurança do consumidor, que tende a rever todas as prioridades e a não realizar compras em situações como essas.
De acordo com a Federação, em alguns centros comerciais tradicionais da cidade de São Paulo houve queda de mais de 50% nas comercializações. Já são mais de 11 dias de anormalidade no abastecimento, impactando principalmente supermercados, farmácias e postos de gasolina. A Entidade avalia que os comércios varejista e atacadista comercializaram pouco nos últimos dias, entretanto, terá que cumprir suas obrigações, como aluguéis, impostos e, principalmente, folha de pagamentos. Caso o setor não tenha condições de seguir com tais compromissos, o reflexo poderá se estender para outros segmentos da economia.
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Com isso, a FecomercioSP propõe que o governo estadual adote medidas contingenciais, entre elas, a criação de horários diferenciados de trabalho durante duas semanas, com a possibilidade de turnos mais longos. Nesse aspecto, a Federação solicita o apoio do Poder Público na negociação com os sindicatos dos trabalhadores. A Entidade sugere, ainda, a liberação da circulação de caminhões em todo o Estado de São Paulo, também por duas semanas, para reabastecer os centros comerciais; o aumento do efetivo da Polícia Militar nas ruas, no mesmo período, para evitar tumultos e roubos de cargas e garantir a segurança de empresas e colaboradores que estiverem trabalhando em horários avançados; a abertura de uma linha de crédito oficial especial de curto prazo para os empresários do comércio, concedida pelas agências de fomento; e, por fim, o parcelamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) a ser recolhido referente ao mês de maio.
Os comércios varejista e atacadista, ambos representados pela FecomercioSP, e que concentram cerca de 20% do total de empregos com carteira assinada no Estado de São Paulo, estão prontos para ajudar o retorno da atividade no País. Somente na cidade de São Paulo, a Entidade estima que a greve possa acarretar perdas de vendas de até R$ 570 milhões por dia para o varejo. No cenário estadual, o prejuízo diário pode atingir R$ 1,8 bilhão, e no nacional, R$ 5,4 bilhões.
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