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Imprensa

Intenção de consumo das famílias de SP apresenta leve alta em dezembro

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São Paulo, 22 de dezembro de 2015 - Em decorrência da crise econômica que assola o País, 2015 foi o pior ano desde 2010 para a intenção de consumo do paulistano. Desde maio, o indicador que mede a disposição das famílias da capital paulista para consumir encontra-se abaixo dos 100 pontos e, em dezembro, registrou 66 pontos, queda de 39,2% no comparativo com dezembro de 2014, quando estava em 108,7. Em relação a novembro, quando atingiu a mínima histórica de 65,3 pontos, o indicador apresentou leve alta de 1% e interrompeu uma sequência de 13 quedas mensais consecutivas.

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100 pontos representa satisfação em relação às condições de consumo.

Todos os sete itens que compõem o indicador mantiveram-se abaixo de 100 pontos em dezembro, sendo que os componentes Emprego Atual e Nível de Consumo Atual atingiram os menores patamares já vistos. Os dados mostram que a insatisfação das famílias paulistanas é generalizada em relação às condições de emprego, consumo e renda. A maior retração mensal se deu no item Nível de Consumo Atual, que recuou 1,8% e ficou em 40,4 pontos. O item também registrou em dezembro a menor pontuação entre todos os quesitos analisados, seguido por Momento para Duráveis (41,6 pontos).

Os itens relacionados a emprego, por sua vez, apontaram os melhores níveis de pontuação do ICF em dezembro. Entretanto, enquanto Perspectiva Profissional subiu 2,2% na comparação com novembro e atingiu 93,3 pontos, o quesito Emprego Atual voltou a cair (-1%) na comparação mensal e registrou 90,1 pontos, reflexo direto do aumento do desemprego registrado nos últimos meses.

Segundo a FecomercioSP, a baixa contínua na intenção de consumo das famílias ao longo do ano reflete a deterioração de aspectos que interferem no poder de compra, como inflação, desemprego e juros, assim como a falta de perspectiva de melhora dos cenários político e econômico. Dessa maneira, as famílias paulistanas têm priorizado os bens de primeira necessidade, adotando postura cautelosa.

A pesquisa mostra ainda que a intenção de consumo caiu mais entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, entre as quais o ICF atingiu 59,8 pontos, após recuo mensal, de 0,7%, e anual, de 41,5%. No caso das famílias com renda inferior a dez salários mínimos, o índice também apresentou queda na comparação anual (-38,5%), mas subiu na comparação com novembro (1,6%), fechando o ano em 68,2 pontos.

Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, transformando-se, com base no ponto de vista dos consumidores e não no uso de modelos econométricos, em uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias e para as instituições financeiras.

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