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Negócios

Plano de negócios ajuda empreendedor a escolher entre loja na rua ou no shopping

Definir com clareza qual produto vai comercializar e para quem vai vendê-lo são os primeiros passos para a decisão

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Plano de negócios ajuda empreendedor a escolher entre loja na rua ou no shopping

Empresário deve ainda fazer uma projeção das vendas e um levantamento do fluxo de clientes, segundo as dicas dos especialistas consultados
(Arte/TUTU) 

Por Jamille Niero

Ao pensar em abrir um negócio, muitos empreendedores se deparam com a dúvida sobre qual local é o mais adequado para sua loja: na rua ou em um shopping center? Para decidir, é preciso avaliar uma série de fatores. O primeiro é definir, com clareza, o conceito do negócio e elaborar um plano para delinear sua estratégia de atuação.

O empresário deve saber qual é o produto ou serviço que vai ofertar, para quem deseja vender e de que forma vai atender esse público. “Isso porque não adianta ter foco no público A e abrir a loja em lugar frequentado pelo público C”, explica Paulo Ancona, da consultoria empresarial Vecchi Ancona. E essa dica é válida tanto para quem visa abrir loja em shopping quanto na rua.

Outros passos incluem, de acordo com a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), fazer uma projeção de vendas, para checar se a receita prevista será capaz de cobrir os custos e qual será a margem de lucro. Vale também fazer um levantamento do fluxo de clientes (observar a quantidade de pessoas que passa pelo local e qual é o perfil delas).

Diferenças
Os dois locais possuem diferenças não só do ponto de vista financeiro, mas estratégico. Lojas em shoppings costumam “custar mais caro” devido às taxas cobradas pela administradora do espaço (fora o aluguel) para manter serviços como limpeza, segurança e decoração dos espaços comuns. Já na rua, o custo principal é o valor do aluguel ou da compra do ponto comercial, que varia de acordo com a localização.

A segurança é outro fator que diferencia um local do outro. Enquanto nas lojas de rua o serviço fica por conta do empresário, no shopping o custo fica a cargo da administradora.

Em relação ao horário de funcionamento, enquanto os shoppings têm horas fixas (geralmente das 10h às 22h), abrindo também aos sábados, domingos e feriados, nos estabelecimentos fora dali quem decide é o lojista – a maioria segue o tradicional das 8h às 18h, variando de acordo com cada caso. Quando precisa estender o período, o empresário deve pedir autorização para a prefeitura local, alerta a assessoria técnica da FecomercioSP.

O fator horário influencia em outro ponto importante do negócio: o quadro de funcionários. Isso porque a loja deve seguir as leis trabalhistas e quando o período é mais extenso, há a necessidade de mais turnos e, portanto, mais colaboradores.

Realizar ações para atrair o público, como cartazes, degustação, música, etc. também é diferente: no shopping é preciso pedir autorização para a administradora, já na rua o empresário tem mais liberdade (só não pode atrapalhar os vizinhos).

Entorno
Ancona destaca que, principalmente nas lojas de rua, o entorno pode fazer a diferença para conquistar clientes. É o caso da rede de franquias Terra Madre, especializada na venda de produtos de alimentação saudável. O público consumidor é formado por quem busca um modo de vida mais saudável, muitas vezes procurando orientação de nutricionistas e que costuma frequentar salões de beleza, clínicas de estética e academias. Por isso, o local ideal para uma franquia da marca é perto desses estabelecimentos – seja na rua ou mesmo em centros comerciais (desde que reúnam tais espaços).

“Desde o início entendemos onde deveríamos abrir as unidades, e as primeiras foram inauguradas próximas de academias e a um centro comercial frequentado pelo público-alvo”, explica Hugo Cezar, gestor de negócios da corporação, originária de Goiânia. Com essa estratégia em mente, a meta da empresa é encerrar o ano com 17 novos contratos assinados e mais 35 novas unidades em 2017 – sendo de 10 a 15 no Estado de São Paulo.

E mesmo quem opta pelo shopping deve ficar atento às lojas que estão ao seu redor. “O empreendedor precisa observar qual andar é o mais adequado para o negócio dele, se é no térreo onde costuma ter mais lojas voltadas para serviços, ou se é no último andar, onde geralmente estão as marcas mais caras”, conclui Ancona.

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