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Economia

Tensão política sinaliza mudanças nas estratégias de investimento

Incertezas dificultam previsões para juros, câmbio e condução das reformas econômicas

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Tensão política sinaliza mudanças nas estratégias de investimento

Mercados ficaram voláteis em função da instabilidade política do País
(Tutu)

As recentes notícias sobre a política nacional – particularmente envolvendo o presidente da República – atingiram o quadro de estabilidade que vinha se formando na economia do País. Com isso, os mercados ficaram voláteis e assim devem permanecer por algum tempo. Nesse cenário de incerteza, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) discute três possibilidades que podem alterar as estratégias de investimento.

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Cenário de caos
Embora menos provável, ainda assim deve ser contemplado. A instabilidade pode se prolongar com o fim do atual governo ou com enfraquecimento que torne o Governo praticamente acéfalo até o início de 2019 quando assumiria um novo presidente. Para o investidor, a opção deve ser aplicações em renda fixa. Isso porque, nesse cenário, os juros não vão mais cair, a bolsa não se recupera e o câmbio fica muito volátil. Mas o Banco Central usaria reservas para que a situação ao menos no campo da inflação não saia de controle.

Cenário positivo
Tudo volta ao normal em pouco tempo: a base política de apoio ao governo é quase que integralmente recomposta e as reformas atrasam apenas um pouco. Os investidores deveriam aproveitar o momento para se desfazer de posições cambiais e comprar ações, pois o Ibovespa, principal índice da bolsa, se recuperaria em breve. O Banco Central continuaria reduzindo a taxa de juros, diminuindo o apelo da renda fixa e alavancando os preços das ações.

Cenário mais provável
O governo atual se mantém, mas enfraquecido, o que posterga indefinidamente as reformas. Também contemplamos a possibilidade de o governo não resistir às pressões, mas a transição de poder ser feita levando em conta peças importantes da equipe econômica. De qualquer forma, a recuperação da economia e a queda dos juros ficam comprometidas. Portanto, apostar no mercado acionário fica para aqueles que têm paciência para esperar retornos a longo prazo. A renda fixa volta a ser opção imediata. O Banco Central iria ao menos manter a conquista do controle inflacionário mantendo os juros relativamente elevados – acima do que se vinha imaginando para 2017 e 2018 –, e atuaria para evitar oscilações fortes da taxa de câmbio. O investidor deve monitorar o quadro assiduamente, pois as incertezas seriam maiores do que em um ambiente sem percalços.

Cada investidor deve avaliar as possibilidades e sua disponibilidade para o risco. Ao longo dos próximos dias será possível fazer uma análise mais concreta e razoável, mas podem haver momentos em que as expectativas devam passar da histeria completa à euforia em poucos minutos.

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