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04/11/2016Total de empregos formais no varejo da região de Presidente Prudente recua 2,2% em agosto, porém, é o segundo melhor desempenho do Estado
Segundo a FecomercioSP, foram criados 133 postos de trabalho no mês com destaque para o setor de materiais de construção
São Paulo, 04 de novembro de 2016 – Em agosto, o comércio varejista na região de Presidente Prudente criou 133 postos de trabalho, resultado de 1.180 admissões contra 1.047 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 858 empregos com carteira assinada. O varejo encerrou o mês com 38.651 trabalhadores formais e, apesar do recuo de 2,2% em relação a agosto de 2015, teve o segundo melhor desempenho entre as 16 regiões paulistas analisadas.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Entre as nove atividades analisadas, oito apresentaram queda na ocupação formal em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%), de concessionárias de veículos (-5%) e de lojas de móveis e decoração (-4,7%). O setor de farmácias e perfumarias foi o único a registrar crescimento na mesma base comparativa, de 0,4%.
Desempenho estadual
Dando seguimento ao aumento registrado em julho, o comércio varejista do Estado de São Paulo gerou novos empregos em agosto, o que pode ser um esboço da recuperação do mercado de trabalho varejista paulista – desde outubro e novembro de 2014, que o varejo não registrava dois saldos positivos consecutivos. Em agosto, o varejo paulista criou 7.235 empregos, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a abertura de postos de trabalho pelo comércio varejista em agosto é uma tendência histórica, motivada pelo baixo número de desligamentos, já que o mês antecede a data-base da negociação coletiva do setor. Segundo artigo 9° da Lei Federal 7.238/14, todo empregado dispensado sem justa causa no período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal. Ou seja, os demitidos sem justa causa, maioria neste momento de crise econômica, possuem direito à indenização, já que a data-base do setor é 1° de setembro. Este aumento de custo à dispensa, segundo a Entidade, desestimula o empresário do varejo demitir sem justa causa e, por isso, os 64.673 desligamentos em agosto é o segundo menor patamar mensal desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.
Mesmo com o saldo positivo em agosto, apenas duas das nove atividades pesquisadas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (1,9%) e supermercados (0,3%). Os destaques negativos foram os setores de concessionárias de veículos (-7,3%), lojas de móveis e decoração (-7,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%).
Com relação aos dados por ocupações, as funções que abriram mais vagas no mês foram as de vendedores e demonstradores (3.657 postos de trabalho), seguidos por caixas, bilheteiros e afins (958 vagas). Em doze meses, o cargo que mais perdeu vagas foi também o de vendedores e demonstradores, com -13.265 vagas seguido pelos escriturários em geral com o fechamento de 7.413 postos de trabalho. Quase 25% dos empregos perdidos nos últimos doze meses eram ocupados por trabalhadores com nível de liderança do quadro funcional, como gerentes, supervisores e diretores.
Segundo a FecomercioSP, mesmo que o saldo positivo de agosto seja influenciado pela sazonalidade fixa da data-base da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da necessidade de redução de custos por parte das empresas, o saldo de agosto é bem superior ao visualizado no mesmo período de 2015, quando se atingiu o pior patamar de criação de vagas para o mês desde 2007.
Com isso, a Federação pondera que a geração de empregos celetistas se mostra em recuperação em relação ao ano passado e consolida-se no segundo mês consecutivo. Outra boa notícia é que se verificou o maior nível de admissões desde março deste ano (71.908 contratações). Para a Entidade, essas são tendências positivas resultantes de uma melhoria na conjuntura econômica, muito atrelada a melhores expectativas de consumidores e empresários em relação ao futuro. A redução de incertezas, recuperação dos indicadores de confiança e de vendas do varejo reverteram o sentido do mercado de trabalho, deficitário até junho e superavitário em julho e agosto.
Segundo a FecomercioSP, são bons sinais aos últimos meses do ano, inclusive para contratações de empregados temporários para o Natal.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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