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Economia

Varejo paulista deve registrar melhor Natal em vendas desde 2013, prevê FecomercioSP

Comércio varejista deve crescer 5% e encerrar o ano com o faturamento de R$ 623,7 bilhões; vendas de dezembro, mês do Natal, devem superar os R$ 65,1 bilhões, alta de 4% na comparação com 2016

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Varejo paulista deve registrar melhor Natal em vendas desde 2013, prevê FecomercioSP

De acordo com a FecomercioSP, este fim de ano, quando tradicionalmente ocorre a maior movimentação no comércio por causa das festas, deve consolidar a retomada do setor cujas vendas cresceram em todos os meses do ano
(Arte/TUTU)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) estima que o varejo paulista deve terminar o ano com o crescimento de 5%. A expectativa é que as vendas alcancem R$ 623,7 bilhões – valor R$ 28,1 bilhões maior em relação a 2016. Se o resultado se confirmar, será o maior crescimento anual desde 2011.

Segundo a Entidade, a projeção positiva está baseada na queda na inflação, que abriu espaço para outras melhorias, como a redução dos juros e a elevação do poder de compra dos consumidores. As nove atividades analisadas pela FecomercioSP devem apresentar alta no faturamento em relação a 2016, com destaque para supermercados (3%) e concessionárias de veículos (11%), que devem atingir o faturamento real de R$ 213,2 bilhões e de R$ 72,7 bilhões, respectivamente. A seguir, destacamos a previsão detalhada de cada setor.

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Natal
O faturamento do comércio varejista no Estado de São Paulo em dezembro deve atingir R$ 65,1 bilhões, alta real de 4% na comparação com o mesmo período de 2016. Será o segundo melhor mês de dezembro da série histórica, iniciada em 2008, somente inferior ao volume de vendas do mês do Natal de 2013, quando alcançou R$ 66,4 bilhões.

Para a assessoria econômica da Entidade, o que mais colabora para o crescimento das vendas que ocorre em dezembro é a injeção do décimo terceiro salário na economia, que, em 2017, tende a ser 4,6% maior que o volume pago em 2016, descontada a inflação. O salário médio também subiu e deve contribuir para o bom resultado do período.

Os segmentos que devem ter os melhores desempenhos no mês do Natal são os de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (12%); loja de móveis e decoração (9%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (9%). Das nove atividades pesquisadas, apenas a de materiais de construção (-2%) deverá ter queda nas vendas na comparação com o mesmo mês de 2016. As regiões de Guarulhos e Sorocaba devem registrar os melhores desempenhos do varejo em dezembro, com altas de 11% e 10%, respectivamente. As regiões de Marília (0%) e Presidente Prudente (3%) devem apresentar os piores resultados no período.

PCCV
As 16 regiões analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da FecomercioSP, deverão apontar crescimento em 2018 na comparação com 2017. Entre os destaques estão as regiões de Taubaté (9%), Sorocaba (8%) e Guarulhos (7%). As regiões de Presidente Prudente (3%), Marília (3%) e São José do Rio Preto (4%) apresentarão as menores taxas de crescimento, segundo projeções.

PCCE
Após encerrar o ano de 2016 com queda de 1,4% em suas vendas, o comércio eletrônico paulista reagiu ao longo de três trimestres de 2017: apenas no primeiro, o faturamento real atingiu R$ 3,8 bilhões, alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em março, mês em que é celebrado o Dia do Consumidor, as vendas atingiram R$ 1,4 bilhão, a maior cifra para o mês em toda a série histórica; e 8,4% superior em relação a março de 2016. Esse processo de reação se consolidou no segundo e terceiro trimestre com o faturamento real crescendo 3,4% e 19,2%, respectivamente, no comparativo anual. Seguindo a tendência, o tíquete médio das transações subiu, passando de R$ 392,85 no primeiro trimestre do ano para R$ 393,12 no segundo período trimestral e ultrapassando os R$ 400 no terceiro trimestre.

Todas as 16 regiões do Estado de São Paulo analisadas pela PCCE apontaram variação positiva das vendas tanto na comparação anual do terceiro trimestre quanto no acumulado dos nove meses disponíveis.

No caso do comércio eletrônico, dois fatores importantes também contribuíram para esse movimento: o investimento em plataformas de vendas via marketplace e o investimento em aplicativos e na melhoria das funcionalidades nos dispositivos móveis. Ainda assim, é importante ponderar que há potencial para o comércio eletrônico crescer em volume de vendas, já que sua participação no varejo total (2,7%) ainda é pequena.

PCSS
Até outubro, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo registrou alta de 5,2% no acumulado do ano, segundo a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), apurada mensalmente pela FecomercioSP em parceria com a Secretaria Municipal da Fazenda de São Paulo.

Após dois anos consecutivos de queda, a expectativa é de que o setor de serviços paulistano encerre o ano com alta de 6% e faturamento real de R$ 285,4 bilhões, valor R$ 16,2 bilhões acima do que o registrado em 2016.

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