Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Vendas do varejo na região do ABCD caem 8,3% em dezembro e registram o segundo pior desempenho do Estado

Segundo a FecomercioSP, vendas do varejo na região apresentaram queda semelhante no acumulado de 2015, de 8%

Ajustar texto A+A-

São Paulo, 08 de março de 2016 – O comércio varejista na região do ABCD registrou faturamento real de R$ 3,1 bilhões em dezembro, queda de 8,3% na comparação com o mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, as vendas recuaram 8%, o que representa uma redução de R$ 2,7 bilhões no comparativo com o ano anterior.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre as nove atividades pesquisadas, sete recuaram em relação a dezembro de 2014. O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-33,1%, com impacto de 5,6 pontos porcentuais) foi determinante para o resultado negativo na região, com redução de R$ 191 milhões na comparação com o ano anterior. Em seguida, o setor de concessionárias de veículos apontou queda de 17,4% e contribuição negativa de 2,1 pontos porcentuais. 

No sentido contrário, somente as atividades de supermercados (4,9% e 1,5 p.p.) e de autopeças e acessórios (7,5%, com 0,1 p.p.) registraram crescimento no mês. 

tabela_pccv_dezembro_2015_abcd

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a previsão para 2016 é de uma retração de 6%. Para a Entidade, todos os fatores que influenciaram o recuo de 2015 permanecerão ao longo do ano. O desemprego aumentará e a inflação continuará avançando, além de mais um ano de PIB negativo, o que impactará diretamente no poder de compra das famílias e, por consequência, prejudicará o comércio varejista como um todo. 

Desempenho estadual

Em dezembro, o comércio varejista no Estado de São Paulo registrou faturamento real de R$ 56 bilhões – queda de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2014, quando o setor faturou R$ 58,5 bilhões. Com isso, o varejo paulista encerrou o ano com faturamento real de R$ 550,2 bilhões – 6,3% inferior ao registrado em 2014 e o pior resultado anual desde o início da série histórica (em 2009), sendo o segundo ano consecutivo com taxa negativa em seu movimento acumulado.  

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas os comércios varejistas das regiões do Litoral (7,1%) e de Marília (2,7%) demonstraram crescimento em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014, enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram queda em dezembro, com destaques para concessionárias de veículos (-21,1%); materiais de construção (-14,5%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%); e eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-8,9%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram negativamente com 5,5 pontos porcentuais para o resultado do varejo total no Estado. 

Já os setores de farmácias e perfumarias (9,8%) e supermercados (7,4%) foram os únicos que apresentaram resultados positivos e colaboraram com 2,9 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, em 2015, o varejo paulista deu continuidade ao padrão de comportamento iniciado no ano anterior, com quedas sistemáticas nas vendas mensais, que atingiram intensamente todos os setores que comercializam bens duráveis e semiduráveis. Com isso, apenas os segmentos voltados para bens essenciais – farmácias e perfumarias e supermercados – foram preservados. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, o resgate da confiança do consumidor e do empresário do comércio somente acontecerá quando as autoridades econômicas sinalizarem claramente a adoção de uma política de ajustes embasados em forte controle dos gastos públicos, visando o equilíbrio fiscal, ao lado de reformas no sistema tributário e previdenciário que possam garantir estruturalmente ganhos de produtividade para tornar a economia brasileira novamente competitiva. Enquanto isso não ocorrer, a Entidade afirma ser improvável que neste ano o comércio do Estado consiga evitar nova queda de vendas e, com isso, consolidar um processo que já pode ser qualificado como o mais grave de sua história. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

Fechar (X)