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Economia

Independentemente de presidentes, relação dos setores privados do Brasil e dos Estados Unidos seguirá sólida

Ao UM BRASIL, internacionalista Thiago de Aragão avalia que País não está entre as prioridades do próximo chefe de Estado norte-americano

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Independentemente de presidentes, relação dos setores privados do Brasil e dos Estados Unidos seguirá sólida

"Brasil não é uma das dez ou 15 prioridades de Biden no mundo", pontua Aragão
(Arte/Tutu) 

Embora o governo brasileiro ainda não tenha reconhecido a vitória de Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos – e o presidente Jair Bolsonaro tenha manifestado o seu apoio a Donald Trump, derrotado no colégio eleitoral –, no que diz respeito à interação entre os setores privados dos dois países, a relação seguirá bastante sólida. Esta é a avaliação do sociólogo, internacionalista e diretor de estratégia da Arko Advice, Thiago de Aragão.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, ele explica que a relação bilateral é dividida entre as esferas governamental e privada. Segundo Aragão, não há motivo, até o momento, para desconfiar que haverá um esfriamento no campo empresarial.

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“No âmbito privado, a relação entre os dois países é muito sólida. O nosso mercado financeiro é profundamente integrado ao norte-americano. Temos indústrias norte-americanas há muitas décadas no Brasil e empresas dos Estados Unidos que fazem parte do imaginário brasileiro, como Apple, Microsoft, Amazon, Netflix, entre outras”, salienta.

Na avaliação de Aragão, também pesquisador sênior do Center for Strategic and International Studies (CSIS), sediado em Washington D.C. (Estados Unidos), mesmo que Bolsonaro e Biden não sejam próximos, a chance de um atrito entre os chefes de Estado ocorrer é pequena, uma vez que o mandatário norte-americano deve dar mais atenção a outras partes do mundo.

“No campo governamental, isso pode incomodar muita gente, mas o Brasil não é uma das dez ou 15 prioridades de Biden ou de qualquer outro presidente americano”, destaca.

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Com isso, o internacionalista acredita que a relação entre ambos os países deve se tornar mais “superficial”. “Dificilmente vamos ter uma provocação dos Estados Unidos para o Brasil. No entanto, pelo fato de Biden ser uma pessoa de partido, uma provocação pode sair por meio de um relatório de uma comissão de relações exteriores da Câmara [dos Representantes], como já aconteceu neste ano, sobre meio ambiente ou qualquer outro tema. Isso vai gerar uma resposta do Brasil. E, conforme essa resposta for feita, pode gerar um problema entre os dois lados”, avalia.

Sobre a preservação do meio ambiente especificamente, Aragão comenta que, se a percepção de que o Brasil não trata o assunto com responsabilidade for endossada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, isso pode impactar o mercado financeiro e os investimentos estrangeiros no setor produtivo do País.

“Na prática, o que o Brasil precisa fazer é utilizar a diplomacia e o Itamaraty para melhorar a percepção que o mundo tem sobre a sua política ambiental”, indica.

Assista a entrevista na íntegra e se inscreva no canal UM BRASIL.

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