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Economia

Índice de estoques no varejo paulista cai 0,8% em maio, aponta FecomercioSP

Número de empresários que consideram seus estoques elevados demais atinge 36,5%, o maior desde junho de 2011, quando o índice começou a ser apurado

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Índice de estoques no varejo paulista cai 0,8% em maio, aponta FecomercioSP

Os empresários do comércio varejista da região metropolitana de São Paulo (RMSP) seguem insatisfeitos em relação aos estoques das lojas no mês de maio. No comparativo mensal, o recuo foi de 0,8% e passou de 99,2 para 98,5 pontos. Em relação a maio de 2014, a queda foi de 13%.

Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.

O volume de empresários que considera o seu estoque elevado demais é de 36,5% - o maior desde junho de 2011, quando a pesquisa começou a ser realizada. Essa é a terceira quebra de recorde consecutiva. Em contrapartida, houve queda na proporção de empresários que avaliam seus estoques abaixo do adequado, passando de 14,6% em abril para 13,7% em maio.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o aumento da proporção de empresários que acreditam ter estoques em excesso deve-se, sobretudo, ao cenário de queda nas vendas em geral. O mau desempenho durante o período de Páscoa e do Dia das Mães também contribuiu para a sensação de desconforto dos varejistas.

A Entidade reforça que a distância entre estoques acima e abaixo (22,8 p.p) - que volta ser a maior desde junho de 2011, quando a pesquisa começou a ser realizada - é uma má notícia para a indústria, pois indica uma demora na recuperação das encomendas por parte do comércio. Após três meses seguidos de redução dessa distância, o patamar voltou a subir em março (16,6 p.p) e em abril (20,9 p.p) e agora, em maio, encontra-se bem acima da média que é de cerca de 11 p.p.. Ao mesmo tempo, enquanto não houver sinais de controle da inflação, a tendência é que o consumidor se torne muito mais conservador.

Para a FecomercioSP, a economia brasileira atravessa um dos piores momentos dos últimos 20 anos, principalmente para o varejo que se habituou às altas taxas de crescimento, motivadas pela nova classe média - exatamente o mesmo grupo da população mais atingido pela alta dos preços e desemprego. Com isso, é pouco provável que haja melhora do cenário econômico ainda em 2015.

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