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Economia

Após fechamento de vagas em maio, varejo paulista deve ter atenção ao planejar contratações

Mesmo com datas importantes no segundo semestre como a Black Friday e o Natal, empresários devem ficar atentos à fraca intenção de consumo das famílias e à instabilidade econômica

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Após fechamento de vagas em maio, varejo paulista deve ter atenção ao planejar contratações

Destaques negativos ficaram com os setores de materiais de construção e lojas de vestuário, tecidos e calçados
(Arte: TUTU)

O empresário do varejo paulista deve planejar minuciosamente possíveis contratações no segundo semestre de 2018, isso porque a fraca intenção de consumo das famílias deve afetar o ritmo das vendas. Outras questões, como os reflexos da paralisação dos caminhoneiros na economia e as eleições que serão realizadas em outubro, geraram um ambiente de incertezas que deve se estender pelo menos até o fim do ano.

O segundo semestre concentra datas importantes para o setor – como a Black Friday e o Natal –, e um crescimento nas vendas nesses períodos deve ser avaliado com prudência pelo empreendedor. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) recomenda que, em caso de aquecimento nas vendas durante essas datas comerciais, seja feita a análise se o crescimento é sustentável ou pontual.

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A instabilidade econômica provocada pelo desabastecimento e pelas incertezas em ano eleitoral refletiram na geração de empregos com carteira assinada em maio. O varejo paulista eliminou 1.791 empregos encerrando o mês de maio com um estoque de 2.061.288 vínculos empregatícios com carteira assinada.

Segundo a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), realizada mensalmente pela Entidade, seis dos nove segmentos analisados eliminaram vagas. Os destaques negativos ficaram com os setores de materiais de construção (-816 vagas) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-868 vagas). As farmácias e perfumarias impediram um resultado geral pior, com abertura de 694 novas vagas.

O comércio varejista registrou mais desligamentos do que admissões em 12 das 16 regiões avaliadas, com destaque para as regiões de Jundiaí (-504 vagas) e da Capital (-432 vagas). Na contramão, o varejo da região de Osasco liderou a criação de postos de trabalho, com 486 vagas.

Histórico
As vendas do varejo no Estado de São Paulo estavam se recuperando desde o segundo semestre de 2016, reflexo da melhoria das condições macroeconômicas e da confiança dos consumidores. Os efeitos desse aumento das receitas sobre o mercado de trabalho do varejo paulista começaram a aparecer de maneira mais consistente no segundo semestre de 2017, quando o setor registrou mais admissões do que desligamentos em todos os meses.

No primeiro trimestre de 2018, era natural que o varejo fizesse um ajuste no quadro de funcionários, por isso, de janeiro a março, empregos foram eliminados. Em abril, houve a criação de 2.340 novas vagas, e com o cenário econômico positivo e a chegada das datas comemorativas como dia das Mães e dos Namorados, esperava-se que o ciclo de geração de vagas permanecesse.

Tal expectativa não se concretizou em decorrência da paralisação dos caminhoneiros e a consequente crise de desabastecimento, provocando a redução do fluxo de consumidores e das vendas no comércio. Isso impactou sobre a geração de empregos com carteira assinada.

No acumulado do ano, de acordo com a PESP Varejo, 27.921 foram extintos. O saldo foi puxado para baixo pelos desempenhos sazonais de supermercados e das lojas de vestuário, tecidos e calçados.

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