Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Comércio: mais de 50% dos empresários acreditam que a economia irá piorar

Em setembro, confiança do empresariado varejista atingiu 72,3 pontos; índice caiu 28,1% em um ano

Ajustar texto A+A-

Comércio: mais de 50% dos empresários acreditam que a economia irá piorar

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) passou para 72,3 pontos em setembro, retração de 2,1% na comparação com os 73,9 pontos registrados em agosto. É a décima queda consecutiva e o menor valor da série histórica, iniciada em março de 2011. Na comparação com o mesmo mês do ano passado,a retração foi de 28,1%.

O ICEC varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total) e é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a Entidade, 53,6% dos empresários do varejo com até 50 empregados acreditam que a economia brasileira irá piorar ainda mais nos próximos meses. No caso dos donos de empresas varejistas que administram companhias com mais de 50 funcionários, o porcentual aumenta: 67,5% deles acreditam na deterioração do cenário econômico.

Para a assessoria econômica da Federação, a pesquisa evidencia o aumento da decepção do empresariado, que é reflexo direto da atual turbulência socioeconômica brasileira. O baixo volume de vendas e os demais fatores negativos, como inflação elevada, alta da taxa de juros e deterioração da confiança de consumidor, influenciam diretamente a insatisfação dos empresários.

A FecomercioSP alerta que não existem perspectivas de início de um processo de recuperação nos próximos meses e que as projeções não são animadoras. A Entidade prevê queda de 2,6% no PIB, e a moeda norte-americana pode terminar o ano acima de R$ 4,00.

Indicadores

As percepções dos empresários do comércio continuam piorando e os três quesitos que compõem o indicador registraram queda. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apresentou recuo de 3% e atingiu 35,6 pontos em setembro, ante os 36,7 vistos em agosto.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) declinou 2,7% e passou de 114,3 em agosto para 111,2 pontos em setembro. Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) apresentou uma leve baixa, de 0,7%, e foi de 70,7 em agosto para 70,1 pontos em setembro.

Na análise por porte, em setembro, a variação do índice para grandes empresas (que possuem acima de 50 funcionários) apresentou maior retração em relação às pequenas,quando comparada com o mesmo período do ano anterior (-35,5%). No comparativo mensal, passou de 78,4 em agosto para 78,7 pontos em setembro. Entre as companhias com até 50 empregados, o recuo anual foi de 27,9% e, no comparativo mensal, o índice caiu de 73,8 para 72,2 pontos.

De acordo com a FecomercioSP, o cenário conjuntural negativo já havia sido  alertado no fim de 2014. Mesmo nas datas comemorativas do comércio, quando as vendas sempre foram mais expressivas, os resultados deixaram a desejar por causa da inflação, do aumento do desemprego e da cautela dos consumidores, resultando em excesso de estoques. A Entidade não prevê recuperação do mercado a curto prazo, pois o cenário negativo deve se manter até o fim de 2015 e, possivelmente, se estenderá para o início de 2016.

Fechar (X)