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Imprensa

Comércio varejista na região de Marília cresce 2,7% em dezembro e registra o segundo melhor desempenho do Estado

Segundo a FecomercioSP, apesar do resultado positivo mensal, o varejo na região registrou queda de 0,9% no acumulado de 2015

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São Paulo, XX de março de 2016 – O comércio varejista na região de Marília registrou crescimento de 2,7% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014 e apresentou o segundo melhor resultado do Estado de São Paulo, com o faturamento de R$ 1,15 bilhão. No acumulado de 2015, apesar do resultado negativo (-0,9%) – representando uma redução de R$ 100 milhões no comparativo com 2014 –, a região apresentou o melhor desempenho entre as 16 analisadas. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre as nove atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014. As altas mais expressivas foram vistas nos setores de supermercados (25,1% e contribuição de 8,6 pontos porcentuais), de farmácias e perfumarias (13,5%, com impacto de 0,8 p.p.) e de outras atividades (6,7% e 1,5 p.p.). 

Entretanto, quatro segmentos registraram retração, entre os quais o de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-30,6% e -3,5 p.p.) – que normalmente se destaca nesse período de compras de Natal – e o de concessionárias de veículos (com -30,8% e -2,8 p.p.). 

tabela_pccv_dezembro_2015_marlia 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a projeção para 2016 é que a região de Marília seja, juntamente com Guarulhos, as únicas com resultado positivo (1% de alta). 

Desempenho estadual

Em dezembro, o comércio varejista do Estado de São Paulo registrou faturamento real de R$ 56 bilhões – queda de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2014, quando o setor faturou R$ 58,5 bilhões. Com isso, o varejo paulista encerrou o ano com faturamento real de R$ 550,2 bilhões – 6,3% inferior ao registrado em 2014 e o pior resultado anual desde o início da série histórica (em 2009), sendo o segundo ano consecutivo com taxa negativa em seu movimento acumulado.  

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas os comércios varejistas das regiões do Litoral (7,1%) e de Marília (2,7%) demonstraram crescimento em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014, enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram queda em dezembro, com destaques para concessionárias de veículos (-21,1%); materiais de construção (-14,5%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%); e eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-8,9%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram negativamente com 5,5 pontos porcentuais para o resultado do varejo total no Estado. 

Já os setores de farmácias e perfumarias (9,8%) e supermercados (7,4%) foram os únicos que apresentaram resultados positivos e colaboraram com 2,9 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, em 2015, o varejo paulista deu continuidade ao padrão de comportamento iniciado no ano anterior, com quedas sistemáticas nas vendas mensais, que atingiram intensamente todos os setores que comercializam bens duráveis e semiduráveis. Com isso, apenas os segmentos voltados para bens essenciais – farmácias e perfumarias e supermercados – foram preservados. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, o resgate da confiança do consumidor e do empresário do comércio somente acontecerá quando as autoridades econômicas sinalizarem claramente a adoção de uma política de ajustes embasados em forte controle dos gastos públicos, visando o equilíbrio fiscal, ao lado de reformas no sistema tributário e previdenciário que possam garantir estruturalmente ganhos de produtividade para tornar a economia brasileira novamente competitiva. Enquanto isso não ocorrer, a Entidade afirma ser improvável que neste ano o comércio do Estado consiga evitar nova queda de vendas e, com isso, consolidar um processo que já pode ser qualificado como o mais grave de sua história. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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