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Economia

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo fica estável em agosto

Entretanto, elevação do preço da gasolina e efeitos da alta do dólar devem impactar orçamento doméstico

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Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo fica estável em agosto

Preços do grupo transportes recuaram 1,37% em agosto, sendo o principal responsável pela desaceleração do indicador
(Arte: TUTU)

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), divulgado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ficou estável em agosto (-0,01%), interrompendo uma série de quatro altas seguidas. No acumulado dos últimos doze meses, os preços subiram 4,61%.

Enquanto os preços do grupo transportes recuaram 1,37% em agosto, sendo o principal responsável pela desaceleração do CVCS, o segmento habitação registrou alta de 0,59%. A categoria saúde e cuidados também impediu uma queda mais contundente do custo de vida já que seus preços médios avançaram 0,65%, a segunda maior pressão de alta.

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Apesar do alívio momentâneo no orçamento das famílias, a FecomercioSP alerta para os impactos do novo aumento nos preços da gasolina, anunciado em 12 de setembro, que além de encarecer os custos logísticos tem peso relevante no orçamento familiar.

Segmentação por classe de renda
A classe de renda denominada A (cujos rendimentos mensais superam R$ 12.207,23) foi a que mais sentiu o aumento dos preços em agosto, com variação positiva de 0,19%, seguida pela classe B (com renda média mensal entre R$ 7.324,34 a R$ 12.207,22) com elevação de 0,11%. Por outro lado, as classes E e D (rendimentos médios mensais inferiores a R$ 976,58 e rendimentos entre R$ 976,59 a R$ 1.464,87, respectivamente) encerraram agosto com -0,18 e -0,19%, consecutivamente.

IPV e IPS
O Custo de Vida por Classe Social é composto por dois subíndices: o Índice de Preços no Varejo (IPV) e o Índice de Preços dos Serviços (IPS), sendo que o primeiro teve discreto aumento de 0,06% em agosto e o segundo recuou 0,08% no mês.

Dos segmentos que compõem o IPV, houve queda nos preços médios em transportes (-0,43%), alimentação e bebidas (-0,35%) e educação (-0,10%). Já a contribuição de alta mais contundente foi registrada em saúde e cuidados pessoais (+0,65%). O destaque ficou por conta do subgrupo higiene pessoal, que se elevou em 0,71%, em média, em virtude dos aumentos em produto para unha (4,12%), para cabelo (2,84%), sabonete (2,64%) e papel higiênico (1,28%). Alguns medicamentos também revelaram preços mais elevados no contraponto com julho, a saber: antigripal e antitussígeno (2,72%) e hormônio (2,88%).

A segunda maior contribuição de alta foi do segmento de vestuário, que encerrou agosto com variação positiva de 0,59%. No resultado mensal, verifica-se destaque nos seguintes itens: short e bermuda masculina (1,51%), blusa (3,52%), lingerie (1,51%), calça comprida infantil (1,83%) e vestido infantil (2,92%). O comportamento pode ser entendido como um realinhamento de preços, passadas as liquidações de outono-inverno e preparação para a chegada da coleção primavera-verão nos estabelecimentos comerciais.

No IPS, os declínios foram sentidos nos preços médios dos serviços de transportes (-3,02%) e artigos de residência (-1,26%). Em agosto, detectou-se recuo nos preços de passagem aérea (-19,83%), seguro voluntário de veículo (-4,17%), conserto de automóvel (-0,88%) e estacionamento (-0,38%). Em contrapartida, os grupos alimentação e bebidas (0,53%) e habitação (0,62%) encerraram agosto com variação positiva.

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