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Economia

Empresário deve flexibilizar opções de pagamentos

FecomercioSP sugere ações de fidelização dos clientes e a divulgação do negócio nas redes sociais

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Empresário deve flexibilizar opções de pagamentos

Estratégias são necessárias para atrair clientes em momento de baixo crescimento econômico e desemprego elevado
(Arte: TUTU)

O empresariado brasileiro deve continuar a flexibilizar as opções de pagamentos aos clientes, além de iniciar ou ampliar ações de fidelização para conquistar novos clientes e manter os atuais.

Divulgar o negócio nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, é outra maneira de potencializar as vendas. Nesses casos, é preciso manter a página constantemente atualizada com conteúdo específico e usar os canais para estreitar a comunicação com o consumidor. Isso envolve análise e respostas a críticas e sugestões.

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Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), essas estratégias são necessárias porque o baixo crescimento econômico e o desemprego elevado nos últimos anos prejudicam o orçamento doméstico das famílias. Outro ponto observado pela Entidade é que as famílias podem ter elevado os gastos nas férias recentes de julho, e isso dificultou o controle das contas no mês de agosto.

As constatações foram feitas pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela FecomercioSP. Ela aponta que, no mês passado, a taxa de famílias que não conseguiram quitar alguma dívida na data do vencimento chegou a 20,4%, o maior valor desde maio de 2012. Atualmente, 797 mil famílias estão nessa situação. A diferença para 2012 é que naquele período a inadimplência ficou pouco acima de 20% por dois meses e, na sequência, voltou a um patamar mais adequado. Neste ano, a inadimplência permanece acima dos 19% desde março.

Entre os inadimplentes, o tempo de pagamento em atraso ficou, em média, em 68 dias, maior patamar deste ano. O maior porcentual está no prazo superior a 90 dias, com 56%. O restante fica dividido de forma equilibrada, de 20,2% para até 30 dias e 22,2% entre 30 e 90 dias.

Não há indícios de que o quadro mude no curto prazo, e para setembro, a inadimplência deve seguir em patamares elevados, já 9,6% das famílias declararam não ter condições de pagar as contas em atraso no próximo mês, maior nível desde agosto de 2004, ano que a pesquisa teve início. São 376 mil famílias que integram esse quadro mais delicado.

A expectativa é que a inadimplência volte a cair de forma mais significativa com a retomada da geração de emprego, o que não deve ocorrer antes das eleições de outubro. Após a decisão nas urnas, é possível que os investidores nacionais e internacionais retomem a confiança na economia e voltem a injetar dinheiro em contratações, expansão dos negócios, abertura de lojas etc.

Endividamento
A parcela de famílias endividadas na cidade de São Paulo bateu os 53,6% em agosto – nos últimos dois meses, houve um aumento de 4,2 pontos porcentuais. Em números absolutos, são 2,1 milhões de famílias com algum tipo de dívida. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o endividamento se manteve tecnicamente estável.

Principal tipo de dívida, o cartão de crédito liderou o ranking com 71,7% em agosto, inferior aos 73,2% do mês anterior. A oscilação dessa modalidade pouco acima dos 70% é normal, segundo a FecomercioSP, e esse indicador permanece nesse patamar desde 2015. Na segunda posição esteve o carnê, com 14,2%, seguido por financiamento de casa, com 12%, e financiamento de carro, com 11,7%.

A maior parcela dos endividados (35,1%) está com a renda comprometida no longo prazo (acima de um ano). Outros 22,5% estão com dívida de até três meses; 20,1% de três a seis meses; e 20,2% de seis meses até um ano.

Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, no grupo de famílias com renda inferior a dez salários mínimos o endividamento cresceu de 54,8% em julho para 56,9% em agosto. Na análise entre os inadimplentes, 25,7% das famílias não conseguiram pagar a dívida até a data do vencimento, e 12,4% já disseram que não vão pagar as contas em atraso no próximo mês.

No grupo de famílias com renda superior a dez salários mínimos, a tendência também foi de aumento, mas os níveis são mais adequados. O endividamento passou de 40,6% para 43,9%; a inadimplência, de 7,4% para 7,7%; e a não condição de quitar a dívida passou de 2,8% para 3,4%.

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