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Imprensa

Faturamento do varejo da região de Taubaté alcança R$ 2,3 bilhões em outubro, queda de 0,9% na comparação com mesmo mês de 2015

Segundo a FecomercioSP, setores de materiais de construção (-10,5%) e supermercados (-3,5%) foram os principais motivadores do baixo desempenho regional

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São Paulo, 31 de janeiro de 2017 – Em outubro, o faturamento real do comércio varejista na região de Taubaté atingiu R$ 2,3 bilhões, queda de 0,9% na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado dos dez meses do ano, houve alta de 2,3% e, nos últimos 12 meses houve elevação de 1,2%.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Das nove atividades analisadas no mês, seis apontaram retração em relação a outubro de 2015. Os setores de supermercados (-3,5% e impacto negativo de 1,2 ponto porcentual (p.p.) para o resultado geral), materiais de construção (-10,5% e colaboração de -0,8 p.p.) e lojas de vestuário, tecidos, calçados (-5% e contribuição de -0,3 p.p.) foram determinantes para o desempenho geral negativo.

Já os segmentos de outras atividades (6,4% e contribuição de 1,6 p.p.), farmácias e perfumarias (5,2% e colaboração de 0,4 p.p.) e autopeças e acessórios (5,2% e impacto de 0,1 p.p.) ajudaram a reduzir os danos no faturamento do varejo da região de Taubaté. 

tabela_pccv_outubro_2016_taubatDesempenho estadual
Após uma série de quatro altas consecutivas, o faturamento real do comércio varejista paulista apresentou recuo na comparação interanual. Em outubro, as vendas do setor diminuíram 1% em relação ao mesmo mês de 2015 e alcançaram R$ 49,2 bilhões, cerca de R$ 505 milhões inferior ao apurado no mesmo período de 2015. Foi o terceiro menor resultado para o mês desde o início da série histórica em 2008. No acumulado do ano houve retração de 0,7% e em 12 meses, a queda foi ainda mais acentuada, de 2%.

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, houve uma divisão exata entre crescimento e queda, quando oito apresentaram aumento no faturamento e outras oito registraram retração nas vendas em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2015. Os piores desempenhos foram registrados pelo varejo das regiões de Osasco (-14,2%), Guarulhos (-4,8%) e Bauru (-4,6%). Já os melhores resultados foram observados nas regiões do ABCD (4,5%), Araraquara (3,8%) e Jundiaí (3,1%).

Das nove atividades pesquisadas, quatro mostraram aumento em seu faturamento real em outubro, sendo elas: farmácias e perfumarias (11,6%), autopeças e acessórios (2,4%), outras atividades (1,5%) e supermercados (0,9%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 1,5 pontos porcentuais (p.p.).

Já as retrações foram apresentadas pelos grupos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-16,7%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-7,6%), materiais de construção (-5,4%), lojas de móveis e decoração (-2,7%) e concessionárias de veículos (-0,8%), contribuindo negativamente com 2,5 p.p. para o resultado geral.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, nem mesmo a sequência positiva alcançada desde junho nos índices mensais do varejo poderia garantir uma taxa adequada de crescimento do varejo paulista em 2016. Com a nova queda em outubro, mês tradicionalmente forte para o comércio, a Federação aponta que se consolida ainda mais o prognóstico de um possível crescimento nulo para o fechamento de 2016, mas com grande possibilidade até mesmo de uma pequena queda em comparação a 2015.

Expectativa
De acordo com a FecomercioSP, o baixo desempenho do varejo revela a profundidade da atual crise econômica do País e a impossibilidade de solução em curto prazo. Mesmo assim, a Entidade pontua motivos que mostram que o futuramente do setor tende a melhorar: a taxa de inflação já mostra sinais claros de enfraquecimento, o que tem permitido a redução das taxas de juros; o nível de confiança dos consumidores e empresários também estão em patamares bem maiores do que há um ano; e o comércio exterior vem apresentando resultados positivos e que podem dar início a um processo de reativação do setor industrial.

Apesar dos indicativos positivos, a retomada do crescimento do comércio varejista ainda depende da recomposição da renda das famílias, que se mostra improvável no curto prazo. Por conta disso, a Federação acredita que o ano tende a se encerrar com apenas duas atividades apresentando crescimento, justamente aquelas que têm conseguido evitar os impactos negativos da recessão varejista desde o seu início: supermercados e farmácias e perfumarias, que se beneficiaram da forte queda registrada nos segmentos de bens duráveis e semiduráveis. Com isso, o comércio paulista tende a mostrar um índice anual de variação de vendas reais entre 0% e -1%.

Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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