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Economia

Índice que mede a expansão de negócios no varejo completa 10 meses de quedas consecutivas

Setor de bens duráveis é o mais impactado pela crise econômica; cerca de 80% dos empresários entrevistados reduziram volume de investimentos

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Índice que mede a expansão de negócios no varejo completa 10 meses de quedas consecutivas

A queda nas vendas do varejo, em razão da atual crise econômica, mostrou mais uma vez que o comércio da região metropolitana de São Paulo vem se deteriorando rapidamente, desestimulando o empresário do setor para contratações e novos investimentos. Em setembro, o indicador que mede a disposição dos comerciantes em investir no próprio negócio e em ampliar seu quadro de funcionários atingiu a marca de 66,8 pontos - o menor resultado desde o início da série histórica, em 2011. Com relação a agosto deste ano, a queda foi de 0,7% e, se comparado com setembro do ano passado, o recuo chegou a 34,4%.

Os dados fazem parte do Índice de Expansão do Comércio (IEC), produzido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O IEC contempla dois subíndices (Expectativa de contratação de funcionários e Nível de investimentos das empresas) que, segundo o resultado deste mês, seguem na mesma trajetória de queda.

Mesmo com leve crescimento de 0,2% entre agosto e setembro, na comparação anual o indicador de contratação de funcionários caiu 36,6%, atingindo 75,1 pontos. Em setembro, 68,8% das cerca de 600 empresas entrevistadas disseram que pretendem reduzir o quadro de funcionários nos próximos meses. No setor de semiduráveis, o porcentual alcançou 75,3%, o maior entre as três atividades pesquisadas.

Os resultados estão diretamente relacionados à eliminação de vagas no comércio paulistano que, de acordo com levantamento da Federação, registrou entre janeiro e julho deste ano saldo negativo de mais de 14 mil empregos formais. O ramo de Lojas de vestuário, tecido e calçados, que faz parte do setor de semiduráveis, liderou o corte de vagas no período (6.924).

O quesito nível de investimentos - que inclui tanto a ampliação de instalações como a aquisição de novos equipamentos -, por sua vez, apresentou recuo de 1,7% na comparação com agosto e de 31,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Do total das empresas entrevistadas, 76,5% estão investindo menos do que em 2014. O setor de bens duráveis, cujas vendas despencaram nos últimos meses, é o que mais sentiu esse impacto: 80,5% dos empresários do setor reduziram seu aporte de investimentos. Na área de semiduráveis, esse porcentual atingiu 77,1%.

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, ainda não é possível sinalizar uma possível recuperação, tampouco o fim desse ciclo negativo. Ainda que o indicador pare de cair, a previsão é de que continue estável, em patamar abaixo dos 100 pontos, como vem ocorrendo deste fevereiro deste ano.

Ainda com base na avaliação dos economistas, enquanto não houver um equilíbrio entre as forças políticas e econômicas, por meio de uma administração, de fato, convergente às necessidades de ajustes e reformas no País, o empresário do comércio se manterá cauteloso na expansão de seus negócios, seja em relação às novas contratações, seja em relação aos investimentos.

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