Economia
16/04/2014Interesse paulistano por crédito volta a crescer, mas média segue em queda
Após recuar 34,4% de fevereiro para março, indicador da FecomercioSP apresenta alta de 16,2% e atinge os 22,02 pontos em abril
A propensão a contrair novas linhas de crédito cresceu entre os paulistanos em abril, de acordo com a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Depois de baixar aos 18,95 pontos no mês anterior - um dos menores patamares dos últimos dois anos –, o Índice de Intenção de Financiamento dos moradores da capital paulista avançou 16,2%, atingindo os 22,02 pontos em abril. Na comparação com os 21,77 pontos verificados em abril do ano passado, o indicador cresceu pouco, apenas 1,1%.
Ainda assim, segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a trajetória média se mantém em queda, na medida em que, entre os meses de agosto do ano passado e fevereiro deste ano, o índice permaneceu em níveis elevados – média de 27,1 pontos. Na avaliação dos economistas da Entidade, fazem parte das causas para esse atual quadro o clima de desconfiança contínua sobre a economia brasileira e a insatisfação dos mercados financeiros em relação à política econômica adotada pelo governo federal.
Prova de que o cenário de momento merece atenção é o fato de que o Índice de Segurança de Crédito variou negativamente em 2,2%, entre março e abril, sob o impacto de recuo, em um ponto porcentual, da proporção de paulistanos com algum tipo de aplicação financeira – de 42,6% para 41,6% do total, no período. Quase oito em cada dez aplicadores (78,4% deles), em abril, escolheram a caderneta de poupança para seus depósitos, liderando o ranking. O segundo tipo de aplicação preferido foi o de fundos de renda fixa, com 11,2% do total. Previdência privada, escolhida por 4,6% de quem possui depósitos remunerados; e ações, com 2,2%, completaram a lista.
Para a Federação, deve-se acompanhar nos próximos meses se essa recuperação da intenção a tomar novos financiamentos será de fato concretizada. Isso porque a tendência é de ligeira piora nas condições de emprego e renda em 2014, fator que pode precipitar a deterioração no mercado de crédito, a redução da segurança financeira e o aumento da inadimplência. O fim das obras para a Copa do Mundo de Futebol, inclusive, será um agravante que influenciará negativamente no nível de emprego dos brasileiros.
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