Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Negócios

Lojas Doural: negócio centenário é tema de reportagem da revista “C&S”

Estabelecimento que começou na Rua 25 de Março hoje tem cinco unidades na capital

Ajustar texto A+A-

Lojas Doural: negócio centenário é tema de reportagem da revista “C&S”

Lojas Doural têm em seu catálogo desde talheres chineses de R$ 1 até tapetes que valem R$ 30 mil
(Arte/TUTU)

São 112 anos de atividade, cinco unidades na cidade de São Paulo e 80 mil itens no catálogo. Esses são os números das lojas Doural, que têm em seu catálogo desde talheres chineses de R$ 1 até tapetes que valem R$ 30 mil e jogos de panelas que custam mais de R$ 2 mil.

A loja, que possui três marcas próprias – Tapetes Abdalla, de tapeçaria; Forever, com itens de cama, mesa e banho; e Basic Kitchen, de utilidades domésticas –, foi inaugurada em 1905 pelo sírio Assad Abdalla, que chegou a São Paulo dez anos antes, aos 25 anos.

Veja também:
Reciclando borracha e ideias, vietnamita cria marca de sucesso no Brasil
“Rua dos Evangélicos” diversifica público com a instalação do Tribunal de Justiça

Abdalla, que nasceu em Homs, na Síria, em 1870, iniciou sua vida no Brasil como mascate, vendendo artigos de armarinho pelas ruas dos bairros da Penha e de Santana. Com o espírito empreendedor de quem começou a trabalhar ainda adolescente, não demorou criar uma loja própria, na Rua 25 de Março, muito conhecida pelo comércio.

Desde o início, o negócio buscou um perfil inovador, que Abdalla tentou passar aos filhos, netos e bisnetos que levaram adiante o empreendimento. Seguindo as tendências e a evolução dos costumes, a loja aderiu a inovações ao longo do tempo, como vendas de cortinas prontas, eletrodomésticos, listas de casamento e até e-commerce. Corgie Assad Abdalla, esposa de Assad, foi tão presente em obras beneficentes durante sua vida que foi homenageada com um nome de rua no bairro do Morumbi, também em São Paulo.

O atual diretor da empresa, Fernando Abdalla, agregou o comércio de utilidades domésticas ao negócio e explica como conduz a Doural à longevidade: “Oferecemos 80 mil itens para clientes da classe C à AAA”, enumera.

“É preciso entender a fundo as necessidades do cliente e da empresa. Às vezes, uma pessoa vem em busca de um produto e sugerimos outro que supre as necessidades dela com qualidade, dentro do preço que espera pagar, e nos dá uma margem melhor de lucro”, explica o empresário.

Ele explica que os hábitos dos consumidores mudaram ao longo do tempo. Na década de 1970, por exemplo, a Doural passou a vender cortinas prontas. “Até então, as pessoas compravam tecidos para fazê-las. Foi um sucesso. Há alguns anos, houve o fenômeno da volta à cozinha. As famílias passaram a comer mais em casa, pela saúde ou por economia, e começaram a adquirir panelas melhores, de revestimento cerâmico, e apetrechos”, conta Abdalla.

A tradição, claro, também tem lugar na loja: pratos de porcelana, faqueiros e copos estão no cardápio desde o início. “Mudam a tecnologia e o design, mas são itens sempre procurados”, diz. Além disso, a venda de tapetes no atacado representa mais da metade do faturamento.

Entre as novidades está a interação com os clientes via redes sociais. “Postamos novidades todos os dias e respondemos às perguntas em até 24 horas, já que hoje se espera tudo rapidamente. A pessoa satisfeita fala para duas amigas, a insatisfeita, para 50”, conclui o atual responsável pelo negócio.

Confira a matéria completa sobre a memória do comércio das lojas Doural na revista C&S, aqui.

Fechar (X)