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Economia

Pressionado pelo grupo Habitação, custo de vida na Região Metropolitana tem alta de 0,48% em novembro, aponta FecomercioSP

De acordo com a Entidade, famílias da classe E foram as mais impactadas pela alta nos preços

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Pressionado pelo grupo Habitação, custo de vida na Região Metropolitana tem alta de 0,48% em novembro, aponta FecomercioSP

Os preços de Habitação variaram 1,62% em novembro com destaque para revestimento de piso e parede, taxa de água e esgoto e energia elétrica residencial
(Arte: TUTU)

O custo de vida na região metropolitana de São Paulo subiu 0,48% em novembro, ante os 0,47% registrados em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 3,52%. No período de janeiro a novembro de 2017, foi observada uma variação de 3,06%, bem abaixo do apurado no mesmo período de 2016, cuja alta era de 6,12%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Embora tenha apresentado alta, vale ressaltar que a dispersão de quedas aumentou em novembro, com cinco dos nove grupos pesquisados assinalando variações negativas em seus preços médios, enquanto em outubro eram apenas dois. São eles: Alimentação e bebidas (-0,14%), Artigos do lar (-0,87%), Vestuário (-0,03%), Educação (-0,04%) e Comunicação (-0,25%).

Os segmentos de Habitação e transportes foram mais uma vez os principais responsáveis pelo aumento do custo de vida. Os preços médios do primeiro grupo variaram 1,62% em novembro com destaque para os itens: revestimento de piso e parede (6,63%), taxa de água e esgoto (5,31%) e energia elétrica residencial (4,09%). No acumulado do ano, a alta é 6,39%, e em 12 meses, de 6,06%.

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Os preços do grupo Transportes, responsável pela segunda maior pressão de alta no custo de vida, cresceram 1,16% em novembro, acumulando altas de 2,79% em 2017 e de 4,53% entre novembro de 2016 e novembro de 2017. A variação mais significativa no mês foi notada em etanol (5,55%).

Os demais grupos que contribuíram para a elevação do índice foram Saúde (0,21%) e Despesas pessoais (0,59%). O grupo Saúde foi o responsável pela maior variação acumulada no dado anualizado: 6,94%.

A pesquisa revela que a classe E foi a que mais sentiu os aumentos no mês, encerrando novembro com alta de 0,54% no custo de vida. A classe B foi a que menos sentiu o aumento dos preços em novembro, encerrando o mês com alta de 0,41%. Todas as demais classes de renda se mantiveram praticamente com a mesma variação mensal para o custo de vida: a classe A descreveu alta de 0,51% e as classes C e D acusaram incremento de 0,52%.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) registrou elevação de 0,39% em novembro, acumulando 1,59% em 12 meses. As principais influências para a aceleração nos preços vieram dos grupos de Transportes (1,98%) e Habitação (1,5%).

A variação nos Transportes se deve à elevação de preços no subgrupo combustíveis, cuja alta foi de 3,74%, motivada pelos aumentos em: gasolina (3,86%), etanol (5,55%), óleo diesel (1,76%) e gás veicular (0,45%). O grupo Habitação sofreu os efeitos do aumento de preços em novembro dos itens revestimento de piso e parede (6,63%) e botijão de gás (2,33%). Vare ressaltar que o preço do botijão de gás subiu mais de 23% no acumulado dos últimos 12 meses.

Por outro lado, cinco dos oito segmentos analisados assinalaram variação negativa no mês: Alimentação e bebidas (-0,44%), Artigos de residência (-1,02%), Vestuário (-0,03%), Saúde e cuidados pessoais (-0,27%) e Educação (-0,59%).

As classes E e D foram as que menos sentiram os aumentos do IPV em novembro, encerrando com variação positiva de 0,26% e 0,28%, respectivamente. As classes A e C foram as que mais sentiram a elevação no mês, descrevendo variações positiva de 0,52% e 0,43%, respectivamente.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) registrou aumento de 0,58% em novembro, ante os 0,48% apurados em outubro. No acumulado do ano, a alta é de 4,94% e nos últimos 12 meses acusa elevação de 5,58%. Vale ressaltar que, apesar do medidor de preços dos serviços ter registrado a sétima variação positiva consecutiva, a alta acumulada em 12 meses está em um patamar muito mais baixo que o notado no mesmo período do ano passado.

Entre os oito grupos que integram o IPS, dois encerraram novembro com variação negativa: Transportes (-0,31%) e Comunicação (-0,25%). Em outubro apenas um segmento havia registrado recuo em seus preços médios.

O setor de Habitação foi responsável pela maior pressão de alta, com elevação de 1,66% em novembro. O segmento havia assinalado alta de 1,12% em outubro. No acumulado de 2017, verifica-se incremento de 6,82%, e nos últimos 12 meses, a alta observada é de 6,41%. Os destaques no mês ficaram por conta dos itens taxa de água e esgoto (5,31%), energia elétrica residencial (4,09%) e mão de obra (0,52%).

Os serviços de Saúde e cuidados pessoais acusaram alta de 0,83% em novembro (ante os 0,81% assinalados em outubro), sendo que psicólogo registrou alta de 0,88% no mês, seguido de hospitalização e cirurgia (0,84%), exame de imagem (0,29%) e plano de saúde (1,07%).

As famílias das classes A e B foram as que menos sentiram o avanço dos preços de serviços no mês, com altas de 0,50%, 0,43%, respectivamente. As classes E (0,97%) e D (0,88%) foram as mais prejudicadas com as altas nos preços médios dos serviços.

Tanto o medidor dos preços dos produtos como dos serviços se mantiveram com variações positivas ao longo dos 11 meses do ano, porém, os serviços assinalaram uma trajetória ainda mais pressionada, especialmente nos dispêndios com habitação, transporte e saúde. A FecomercioSP analisa que, em resumo, as altas nos preços médios seguem concentradas em preços administrados pelo governo, tais como energia elétrica, gás de botijão, água e esgoto etc.

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