Economia
08/02/2015Proporção de endividados na capital paulista cai para 39,3% em janeiro
Número de paulistanos com dívidas é o menor desde fevereiro de 2009, quando o indicador chegou a 37,5%; o total de famílias endividadas passou de 1,546 milhão no mês de dezembro para 1,407 milhão em janeiro
O porcentual de famílias paulistanas com dívidas caiu em janeiro deste ano para 39,3% - o resultado mais baixo desde fevereiro de 2009, quando a proporção de endividados atingiu 37,5%. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em janeiro de 2014, o porcentual de famílias paulistanas endividadas era de 54,7%. No comparativo mensal, houve recuo de 3,8 pontos porcentuais em relação a dezembro.
O endividamento permanece maior entre as famílias de baixa renda, que sentem mais intensamente os efeitos da inflação e da alta dos juros. O porcentual de endividados alcançou 42% nas famílias que ganham até dez salários mínimos - recuo de 3,4 pontos porcentuais em relação aos 45,4% registrados em dezembro de 2014. Para essa parcela da população, segundo a assessoria econômica de Entidade, o crédito é um meio de acesso importante para manter os padrões de consumo. Já para as famílias que possuem renda acima de dez salários mínimos, o índice de endividamento chegou a 31,3% - queda de 5,1 pontos porcentuais em relação aos 36,4% do mês anterior.
Ainda na comparação mensal, a proporção de famílias inadimplentes (que possuem dívidas em atraso) manteve-se estável com 10,9%, mesmo resultado de dezembro. No entanto, o total de famílias com dívidas ou contas vencidas diminuiu 3,9 pontos porcentuais em relação a janeiro do ano passado. A incidência de contas em atraso também foi maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos (13,5%), ante 4,8% das que recebem acima desse valor. Na avaliação dos assessores, esse resultado demonstra que as famílias com renda mais baixa têm maior dificuldade para regularizar suas pendências financeiras, pois imprevistos tendem a desequilibrar suas finanças.
De acordo com a pesquisa, o volume de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso registrou alta de um ponto porcentual, chegando a 4,7% em janeiro, ante 3,7% em dezembro. O patamar, no entanto, registrou estabilidade no comparativo anual (os mesmos 4,7% verificados em janeiro de 2014). Esse grupo representa, em números absolutos, 170 mil famílias paulistanas.
O principal tipo de dívida ainda é o cartão de crédito, utilizado por 52,4% das famílias entrevistadas. Em seguida estão financiamento de carro (24,6%), carnês (23,6%), financiamento de casa (15,8%), crédito pessoal (15,7%) e cheque especial (7%).
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