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Economia

Quantidade de famílias paulistanas endividadas cai em novembro

Proporção de famílias com dívidas diminuiu 1,5 ponto porcentual no mês, ao chegar a 43,8%; em outubro, índice era de 45,3%

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Quantidade de famílias paulistanas endividadas cai em novembro

A proporção de famílias paulistanas endividadas diminuiu 1,5 ponto porcentual (p.p.) no mês de novembro, quando chegou a 43,8% das famílias entrevistas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). O levantamento é realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

É o resultado mais baixo desde fevereiro de 2012. Em outubro, a porcentagem das famílias que possuíam algum tipo de dívida chegou a 45,3%. Já em novembro do ano passado, o nível de endividamento era de 52,1%. 

Segundo avaliação da FecomercioSP, a queda do nível de endividamento das famílias está relacionada aos indicadores macroeconômicos que apontam um cenário de baixo crescimento, inflação e juros em alta, além de menor crescimento da renda do consumidor. Nos últimos meses, o conjunto desses fatores tem deixado o consumidor mais cauteloso na obtenção de novos financiamentos, reduzindo gradativamente o nível de endividamento das famílias.

Na segmentação por renda, nas famílias que ganham até dez salários mínimos, o porcentual de endividados foi de 47% – queda de 2,8 p.p., em relação ao mês de outubro (49,8%). Já nas famílias que ganham mais de dez salários mínimos, esse índice chegou a 34,5%, apontando alta de 2,2 p.p. na comparação com o mês anterior.

De acordo com análise da Entidade, o endividamento é maior entre as famílias de renda mais baixa porque estas sentem mais intensamente os efeitos da inflação e, a fim de manter os padrões de consumo, aumentam o nível de endividamento por meio de crédito. Para esta faixa da população, o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões desejáveis de consumo.

Ainda de acordo com as famílias paulistanas entrevistadas em novembro, 10,5% possuem contas em atraso, apresentando estabilidade em relação ao mês passado (10,7%). Esse é o nível mais baixo registrado desde fevereiro de 2012. No comparativo com novembro do ano passado, o indicador apresentou queda de 4,3 p.p..

Com relação ao volume de famílias com contas em atraso, 49% delas têm contas vencidas acima de 90 dias; 22,7% admitiram ter contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 26,3% do total de famílias estão com dívidas atrasadas por até 30 dias. Contudo, apenas 3,5% acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. Em novembro de 2013 esse porcentual era de 4,5%.

A pesquisa mostra ainda que o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por 67% das famílias entrevistadas. Em seguida, estão financiamento de carro (21,2%), carnês (16,8%), financiamento de casa (13,9%), crédito pessoal (12,1%) e cheque especial (6,3%). A justificativa para o alto nível de utilização do cartão de crédito é a expansão do consumo nas classes C, D e E da população. Isso porque os cartões são oferecidos até mesmo gratuitamente e sem que o consumidor tenha conta bancária, oferecendo adicionalmente o parcelamento das dívidas – muitas vezes, sem juros.

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