Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Varejo brasileiro cresce 6,5% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado

O crescimento se mostra sólido pela sequência positiva e com quase todas as atividades registrando aumento no volume de vendas

Ajustar texto A+A-

Varejo brasileiro cresce 6,5% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado

As vendas de eletrodomésticos subiram 22% na comparação anual e os destaques do primeiro mês, em termos de variação, foram os bens duráveis
(Arte: TUTU)

O comércio varejista ampliado, incluindo materiais de construção e veículos, registrou crescimento no volume de vendas de 6,5% em janeiro comparado com o mesmo período de 2017. Essa é a nona elevação consecutiva nas vendas, segundo aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a variação atingiu 4,6% de aumento.

Segundo a análise da assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), parte do crescimento é reflexo da base fraca de comparação, pois entre os meses de janeiro de 2014 e 2017 houve retração de 18,4%. Mesmo com elevação, o patamar atual ainda está abaixo do nível de vendas pré-crise, de 13,1%.

Veja também:
Inflação de fevereiro registra a menor variação para o mês desde 2010
PIB cresce 1% em 2017, superando expectativa inicial pessimista; FecomercioSP acerta previsão
FecomercioSP recebe presidente do BNDES na primeira reunião de diretores de 2018

Os destaques desse primeiro mês, em termos de variação, foram os bens duráveis. As vendas de eletrodomésticos subiram 22% na comparação anual; e o grupo eletrodomésticos e móveis teve alta de 5,3%. O setor de veículos também seguiu em franca recuperação, com a elevação anual de 18,2%.

Os setores de bens essenciais supermercados e farmácias seguiram a tendência positiva e mostraram crescimento no volume de vendas de 3,1% e 5,4%, respectivamente. A atividade supermercadista tem o maior peso na PMC, e por mais que tenha tido uma variação não tão expressiva, foi o setor com a segunda maior contribuição absoluta no mês, com 0,9 ponto porcentual, perdendo apenas para veículos, que participou com 3,8 p.p para o desempenho geral.

A diferença entre essas atividades apresentadas está no comparativo histórico. Enquanto, por exemplo, as farmácias já estão acima (8%) do que se vendia em janeiro de 2014, o setor de veículos ainda está 25% abaixo do volume de vendas de quatro anos atrás. Ou seja, alguns resultados podem ser considerados como expansão, ao passo que outros ainda estão no estágio de recuperação.

Somente dois setores mostraram queda. A maior variação foi do grupo de livros, revistas, jornais e papelaria (-7,1%), mas seu impacto no índice geral é relativamente pequeno. Combustíveis e lubrificantes apontaram queda de 4% na comparação anual, sendo que esse desempenho está relacionado ao forte aumento de preço dos combustíveis.

A assessoria econômica da FecomercioSP entende que o resultado de janeiro não surpreende, pois é a continuidade do ciclo de recuperação das vendas que se iniciou em maio do ano passado, com a primeira variação positiva (4,9%) após um período de 35 meses com retração.

As expectativas são positivas diante dos números que a economia vem apresentando. A inflação continua sem pressionar, abaixo dos 3%; os juros ao consumidor seguem na tendência de queda; e os dados do mercado de trabalho vêm contribuindo de forma que haja um aumento da confiança e intenção de consumo por parte das famílias. Dessa forma, a FecomercioSP segue otimista com o desempenho do comércio para este ano de 2018.

Fechar (X)