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Imprensa

Varejo na região de Osasco registra o pior desempenho do Estado em dezembro, com queda de 10,5%

Segundo a FecomercioSP, ao longo de 2015 o faturamento do comércio varejista na região sofreu redução de R$ 5 bilhões

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São Paulo, XX de março de 2016 – Em dezembro, o varejo na região de Osasco registrou queda de 10,5% na comparação com o mesmo mês de 2014, o pior resultado do Estado de São Paulo, ao atingir o faturamento real de R$ 5,3 bilhões. No acumulado de 2015, a retração foi de 8,5%, o que representa uma redução de R$ 5 bilhões. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre os nove setores pesquisados, sete registraram queda em dezembro no comparativo com o mesmo período do ano anterior. O segmento de outras atividades (-11,8% e impacto de -4,2 pontos porcentuais) foi o que mais colaborou para resultado negativo na região. Segundo a Federação, o desempenho negativo pode ser explicado pela crise econômica e pela redução na demanda por transporte, principalmente de cargas e, assim, queda nas vendas de combustível. As atividades de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-34,4%, com o impacto de -2,3 p.p.) e de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-14,6% e -2,2 p.p.) também apresentaram retração. 

Por outro lado, os segmentos de farmácias e perfumarias (34,2%) e lojas de móveis e decoração (26%) foram os únicos que obtiveram crescimento no mês. Somados, contribuíram com 1,4 ponto porcentual para o resultado geral. 

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De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, as projeções para 2016 apontam para uma queda de 12% na região. Para a Entidade, com as altas da inflação e do desemprego, a recessão econômica impacta principalmente, o poder de compra das famílias, levando a uma forte redução no consumo. 

Desempenho estadual

Em dezembro, o comércio varejista do Estado de São Paulo registrou faturamento real de R$ 56 bilhões – queda de 4,3% em relação ao mesmo mês de 2014, quando o setor faturou R$ 58,5 bilhões. Com isso, o varejo paulista encerrou o ano com faturamento real de R$ 550,2 bilhões – 6,3% inferior ao registrado em 2014 e o pior resultado anual desde o início da série histórica (em 2009), sendo o segundo ano consecutivo com taxa negativa em seu movimento acumulado.  

De acordo com a Federação, entre as 16 regiões analisadas, apenas os comércios varejistas das regiões do Litoral (7,1%) e de Marília (2,7%) demonstraram crescimento em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2014, enquanto as demais apresentaram recuo em suas vendas. 

Sete das nove atividades analisadas apresentaram queda em dezembro, com destaques para concessionárias de veículos (-21,1%); materiais de construção (-14,5%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%); e eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento (-8,9%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram negativamente com 5,5 pontos porcentuais para o resultado do varejo total no Estado. 

Já os setores de farmácias e perfumarias (9,8%) e supermercados (7,4%) foram os únicos que apresentaram resultados positivos e colaboraram com 2,9 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, em 2015, o varejo paulista deu continuidade ao padrão de comportamento iniciado no ano anterior, com quedas sistemáticas nas vendas mensais, que atingiram intensamente todos os setores que comercializam bens duráveis e semiduráveis. Com isso, apenas os segmentos voltados para bens essenciais – farmácias e perfumarias e supermercados – foram preservados. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, o resgate da confiança do consumidor e do empresário do comércio somente acontecerá quando as autoridades econômicas sinalizarem claramente a adoção de uma política de ajustes embasados em forte controle dos gastos públicos, visando o equilíbrio fiscal, ao lado de reformas no sistema tributário e previdenciário que possam garantir estruturalmente ganhos de produtividade para tornar a economia brasileira novamente competitiva. Enquanto isso não ocorrer, a Entidade afirma ser improvável que neste ano o comércio do Estado consiga evitar nova queda de vendas e, com isso, consolidar um processo que já pode ser qualificado como o mais grave de sua história. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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