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Imprensa

Queda nas vendas de vestuário, tecidos e calçados pressiona faturamento do comércio no ABCD

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São Paulo, 23 de dezembro de 2014 – As vendas do comércio varejista da região do ABCD paulista somaram R$ 2,4 bilhões em setembro, recuando 8,1% em relação ao mesmo mês de 2013, e 2,4% na comparação com agosto de 2014. No acumulado de janeiro a setembro, a queda foi de 7,7%.

A região, que engloba sete municípios, apresentou o segundo pior desempenho do Estado em setembro, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz). O ABCD é responsável por 5,44% do comércio paulista.

Oito das dez atividades pesquisadas tiveram faturamento menor em setembro em relação ao mesmo mês de 2013. Contudo, o segmento que mais contribuiu para o resultado negativo foi o de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com queda de 35,6% e impacto de -4,5 pontos porcentuais na variação geral. O segundo maior peso negativo foi das concessionárias de veículos, com retração de 7,6% e -1,2 p.p de contribuição no resultado total.

Somente dois setores tiveram crescimento em setembro: farmácias e perfumarias, com variação positiva de 5,7%, e materiais de construção, com 5,4% de aumento. No entanto, ambos provocaram impacto de apenas 0,4 ponto porcentual no resultado geral do varejo no ABCD.

Confira na tabela abaixo o desempenho do varejo no ABCD e região em setembro:

Desempenho estadual
O faturamento do varejo paulista caiu 2,6% em setembro no comparativo anual, registrando receita real de R$ 44,1 bilhões no mês, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV). O levantamento é realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz). Na comparação anual, de março a setembro, essa foi a sétima queda seguida no faturamento.

A baixa registrada em setembro manteve a taxa de retração do setor em 2,4% no acumulado do ano, solidificando perspectivas menos otimistas para o fechamento de 2014, com tendência de queda nas vendas.

Em setembro, seis das dez atividades pesquisadas apresentaram queda no faturamento. As mais expressivas foram as dos setores de concessionárias de veículos (-14%), de lojas de materiais de construção (-9,9%) e de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-9,3%). Juntas, as três baixas pressionaram negativamente o índice geral em 3,6 pontos porcentuais.

A segunda queda consecutiva nas vendas dos supermercados, de 1,3% em relação a 2013, sinaliza uma preocupação para o cenário econômico, já que o baixo crescimento de renda está impactando até o consumo de bens essenciais.

Por outro lado, o aumento de 7,9% nas vendas das farmácias e perfumarias contribuiu para que a baixa do comércio paulista não fosse maior, aliviando o índice geral em 0,4 ponto porcentual, mesmo peso da alta de 4,9% nas lojas de vestuário, tecidos e calçados no desempenho do varejo.

Entre as 16 regiões analisadas, apenas três registraram aumento nas vendas do comércio: Jundiaí, Araraquara e Sorocaba. O faturamento ficou estável em Campinas e caiu nas 12 restantes, sendo a maior baixa em Guarulhos, de 11,3%.

Na avaliação da assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado negativo de setembro reflete, mais uma vez, a fragilidade do momento para o consumo decorrente do baixo crescimento da renda. O fraco nível de criação de novos postos de trabalho vem impedindo, em 2014, a trajetória de elevação mais expressiva da massa de rendimentos. Ao lado disso, a menor procura por crédito, taxas de juros crescentes e maior seletividade dos bancos para disponibilizar empréstimos têm prejudicado, principalmente, as compras de bens duráveis.

Nota metodológica    
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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