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Negócios

Capital de giro: saiba como fazer o cálculo e mantenha a saúde financeira da sua empresa

Cálculo mostra ao empresário se o empreendimento tem condições de se manter no mercado

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Capital de giro: saiba como fazer o cálculo e mantenha a saúde financeira da sua empresa

Insuficiência de capital de giro geralmente leva o empreendedor a buscar crédito em instituições financeiras para suprir essa necessidade
(Arte:TUTU)

Por Wesley Damiani

O ambiente de estagnação econômica e baixa perspectiva de crescimento da atividade produtiva nos próximos meses representa um desafio para qualquer empresa, que precisa revisar constantemente os gastos e tentar economizar o máximo de recursos possíveis, seja em relação aos investimentos em máquinas e mobiliário ou custos correntes. É nessa hora que o empresário precisa apostar no planejamento do negócio para os meses seguintes como uma forma de garantir a saúde financeira e o equilíbrio das contas.

Para manter esse controle, o empreendedor precisa ter em mente que o capital de giro é de suma importância para a gestão do negócio, pois é esse recurso que vai mostrar em detalhes a situação da empresa para arcar com todas as despesas fixas e variáveis. E isso não vale apenas para grandes organizações; erros na gestão e desequilíbrio financeiro são fatais para os pequenos e médios negócios.

Basicamente, o capital de giro é a quantia que a empresa dispõe para custear a movimentação financeira do dia a dia, inclusive para pagamentos como conta de luz, de água, de fornecedores e outras despesas. Esses recursos também se encontram em estoque e pagamentos a receber, por exemplo. Se em alguns meses o negócio for afetado pela sazonalidade, com um período de queda nas vendas, será o capital de giro que irá assegurar a permanência do empreendimento no mercado.

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Antes de calcular a necessidade de capital de giro, a empresa deve considerar que não se trata apenas de um planejamento futuro, ou seja, é preciso ter conhecimento de todas as operações do fluxo de caixa.

O cálculo do capital de giro é feito da seguinte forma: o total do ativo circulante da empresa menos o total passivo circulante. De um lado, há todas as aplicações financeiras, contas a receber, estoques, dinheiro em caixa e em bancos. Do outro, todos os itens que deixam o saldo negativo, como as despesas e custos fixos do negócio – como aluguéis, salários, empréstimos, fornecedores e as contas a pagar.

Se o resultado for positivo, a empresa tem capital de giro necessário para arcar com as despesas. Isso é um bom sinal para o negócio. Por outro lado, se o passivo circulante for superior ao ativo circulante, a empresa vai precisar rever sua estratégia para tirar essa conta do resultado negativo. Esse saldo se trata do valor que a empresa dispõe ou vai precisar para financiar o capital de giro.

O CEO da franqueadora Crazy Cereal, Pedro Haydn, comenta o procedimento que a empresa utiliza para administrar junto às franquias um plano de negócios e também o capital de giro. “Nós estimamos um período de quatro meses e de utilização decrescente desse capital de giro – com uma redução mensal na porcentagem de uso em relação ao saldo disponível, ao passo que, do outro lado, o negócio ganha tração financeira e operacional”, explica. A empresa tem duas lojas in loco em São Paulo.

Ele também diz que é feita uma avaliação do potencial do franqueado, que precisa ter a capacidade financeira para essa gestão. “Se ele não tiver essa capacidade, nós iremos treiná-lo financeiramente e vamos entrar na operação junto com ele. Nas mãos de um operador ruim, todo dinheiro que entra em um plano para o capital de giro é pouco”, pontua. Ele ressalta ainda que um planejamento mal feito muitas vezes leva o empreendedor a ter a visão de que o negócio não dá retorno.

Financiamento do capital de giro

Insuficiência de capital de giro geralmente leva o empresário a buscar crédito em instituições financeiras para suprir essa necessidade, mas isso não é algo simples, já que a empresa precisa fornecer uma série de garantias para conseguir crédito, principalmente em instituições públicas. É possível que o banco consultado considere esse próprio recurso de capital de giro na avaliação.

Se essa for a saída para a empresa, a FecomercioSP sugere que o financiamento seja, no máximo, 10% superior ao saldo, como margem de segurança para eventuais imprevistos – é importante que esse recurso contratado traga um retorno superior ao custo, de forma a compensar os juros a serem pagos.

A Federação recomenda também que se faça um acompanhamento com frequência do nível de capital de giro, sempre observando o total a receber, de modo a evitar erros no planejamento futuro.

As empresas podem buscar linhas de crédito em bancos como, por exemplo,  Povo Paulista, com empréstimos em torno de R$ 20 mil. A FecomercioSP trabalha para que esse limite seja expandido para R$ 50 mil, com taxas de juros mais acessíveis aos pequenos negócios.

A Federação preparou uma tabela especialmente para você fazer o cálculo do capital de giro e buscar manter a saúde financeira da sua empresa. O material é exclusivo para associados. Veja aqui como ter acesso a esse conteúdo.

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