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Negócios

Desinformação, tamanho do mercado, imagem do produto brasileiro, câmbio e burocracia são desafios para empresário exportar; saiba como superá-los

Jean-Claude Silberfeld e Ricardo Rodrigues, da FecomercioSP, orientam o empresário rumo a uma bem-sucedida internacionalização do seu negócio

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Desinformação, tamanho do mercado, imagem do produto brasileiro, câmbio e burocracia são desafios para empresário exportar; saiba como superá-los

(Arte: TUTU)

Por Alessandra Jarussi

Se empreender no Brasil já é desafiador, imagine as dificuldades para quem deseja conquistar o exterior. No entanto, com disciplina e planejamento, é possível superar cada obstáculo. É o que afirma o consultor de relações internacionais e responsável pela Fecomercio Internacional, Jean-Claude Silberfeld. Segundo ele, entre os desafios para o empresário internacionalizar seu negócio estão a desinformação, o tamanho do mercado e a imagem do produto brasileiro.

Sobre o primeiro ponto – desconhecimento –, é fundamental que o empresário procure conhecer o que tem pela frente. “Estude, invista em viagens de conhecimento, pesquise novos mercados, procure entender outras culturas de negociação, conheça os usos e costumes locais e aprimore outros idiomas”, orienta Silberfeld.

A opinião é compartilhada por Ricardo Rodrigues, assessor jurídico da FecomercioSP. De acordo com ele, “o grande entrave para o exportador está na falta de conhecimento, não das rotinas, mas dos potenciais mercados que pode atingir com seu produto ou serviço. Normalmente, o custo desse tipo de análise, incluindo todos os aspectos do novo mercado, é alto e de difícil acesso. Ou, ainda, o exportador inicia o processo com a cara e a coragem após uma pequena venda para um determinado país e acredita que vai dar certo. Por isso, temos visto que as exportações, no início, não procedem dessas análises. De qualquer forma, entidades com a FecomercioSP, por meio da Fecomercio Internacional, e órgãos de governo têm oferecido apoio aos exportadores para suprir, por exemplo, essa falta de conhecimento do seu potencial comprador”. Além disso, o empreendedor deve estar atento ao tamanho do mercado e se preparar para dar o passo acertado. “Se você perde mercado para conquistar o exterior, terá de gastar dez vezes mais para recuperá-lo. Muitos pensam: ‘Estou com excedente aqui e vou exportar’. Essa não é a lógica”, analisa Jean-Claude Silberfeld.

O consultor orienta ainda o empresário a fazer marketing do seu produto ou serviço. “Isso custa dinheiro, demanda tempo e requer uma estrutura própria. Ir para o exterior não pode ser uma aventura”, finaliza.

Câmbio e burocracia

O câmbio também impacta a colocação do produto no exterior. Segundo Ricardo Rodrigues, “as oscilações cambiais decorrem de elementos que fogem ao controle do exportador. Portanto, o ideal é que ele tenha um bom produto e algum diferencial competitivo para não depender do câmbio”.

Outro entrave para quem deseja internacionalizar sua empresa é a burocracia. No entanto, Rodrigues observa que, aos poucos, o governo tenta facilitar a vida do empresário brasileiro nesse sentido. “Um exemplo é a eliminação de papéis e determinados processos com a implantação do Portal Único do Comércio Exterior”, diz. “De qualquer forma, é importante o exportador conhecer os passos mínimos, desde a emissão da fatura comercial até o embarque da mercadoria, passando pela escolha dos códigos NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) dos bens exportados, entre outros”, orienta.

O assessor da FecomercioSP cita ainda o serviço dos Correios para auxiliar o pequeno exportador – o chamado “Exporta Fácil”. “É um sistema ágil e simples para a exportação de remessas de até US$ 50 mil dólares por vez.”

“Por fim, não podemos deixar de citar que o ambiente para empreender e realizar negócios no País não é maravilhoso. O empresário tem grandes dificuldades para manter suas atividades no ambiente interno e, na maioria das vezes, nem passa pela sua cabeça o externo, mas talvez esse possa ser o começo para navegar na exportação com o auxílio, é claro, de pessoas, entidades e órgãos de governo para dar o suporte necessário”, destaca.

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