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Economia

Especialistas discutem o uso da tecnologia no setor público

Debate do UM BRASIL fala da necessidade de o governo rever os processos que envolvem tecnologia com foco no usuário em vez do sistema

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Especialistas discutem o uso da tecnologia no setor público

Roberto Agune e Germano Guimarães entendem que governo não deve segmentar o cidadão e que deixar de atender as necessidades cotidianas dos cidadão resulta em uma crise de representatividade
(Foto: Christian Parente)

Os efeitos e os impactos da tecnologia no setor público são analisados na quinta aula do curso digital Desafios da Gestão Municipal no Brasil, produzido pelo UM BRASIL em parceria com a Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).

No encontro, mediado por Humberto Dantas, o consultor do setor público Roberto Agune diz que o surgimento da internet mudou a forma como governo e sociedade se relacionam, e que a nova tecnologia foi usada para a melhoria dos serviços e da relação com os cidadãos.

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Apesar das mudanças, o especialista acredita que o Brasil não conseguiu avançar em duas importantes etapas: integração e participação. “Como o governo estava estruturado em outra era (a industrial), todo segmentado em secretarias e departamentos, e dividido, ele não consegue se integrar, não consegue enxergar o cidadão como um indivíduo”, afirma Agune.

Ao segmentar o cidadão como estudante ou motorista, por exemplo, o governo deixa de dar atenção especial a cada pessoa. Agune destaca que esse comportamento impede a resolução de problemas complexos da sociedade. “O governo não vai mais resolver os problemas da sociedade sozinho. Ou ele se abre e trabalha junto com a sociedade e, juntos, resolvem os problemas ou ele não vai avançar”, enfatiza.

O cofundador e diretor do Grupo Tellus, Germano Guimarães, também participou do debate. Na conversa, ele fala do desafio de ter novas metodologias para os gestores públicos darem respostas que atendam às necessidades cotidianas dos cidadãos. “Se o governo não consegue dar essa resposta, a gente começa a ter uma crise de representatividade”, alerta.

As aulas – ministradas na EACH-USP durante o primeiro semestre de 2017 – compõem a série que discute temas como segurança pública, saúde, educação, turismo, democracia participativa, cultura e mobilidade, entre outros assuntos. Ao todo, são 13 aulas que serão divulgadas no portal da FecomercioSP semanalmente.

Confira a entrevista na íntegra:

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