Economia
12/07/2015Faturamento do varejo volta cair e fecha abril com vendas 2,8% menores, aponta FecomercioSP
Maior concentração de quedas continua no comércio de bens duráveis

Após registrar um crescimento de forma pontual em março, o comércio varejista do Estado de São Paulo caiu 2,8% em abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e o faturamento atingiu R$ 42,3 bilhões.
As informações são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).
Para a assessoria econômica da Entidade, a queda apresentada em abril já era prevista, uma vez que o pequeno respiro do comércio varejista visto em março ocorreu por conta do maior número de dias úteis no mês ante o mesmo período de 2014.
A Federação reforça que o ciclo negativo deve seguir em frente devido à instabilidade de variáveis de maior abrangência - como renda, emprego, inflação e crédito - que impactam diretamente na confiança de consumidores e empresários, prorrogando as expectativas de normalização do consumo.
Das nove atividades pesquisadas, quatro apresentaram queda em relação a abril do ano passado. Os segmentos de Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-16,3%) e Concessionárias de veículos (-16,2%) foram determinantes para o mau desempenho do comércio varejista e juntos contribuíram com -3,6 pontos porcentuais para o índice geral. Também registraram baixa os setores de Lojas de móveis e decoração (-12,8%) e Outras atividades (-1,9%).
Por outro lado, cinco atividades cresceram ante abril de 2014: Farmácias e perfumarias (7,5%); Lojas de vestuário, tecidos e calçados (2,9%); Autopeças e acessórios (2,5%), Supermercados (1,7%) e Materiais de construção (0,9%).
De acordo com a FecomercioSP, os resultados vistos em abril mostram que a maior concentração de quedas continua no comércio de bens duráveis, o que reflete o mau momento para aquisição desses produtos, pois comprometem a renda futura do consumidor em uma conjuntura de instabilidades e incertezas.
A Federação reforça, ainda, que as sucessivas quedas no comércio desses bens representam um potencial risco para a indústria e pioram as expectativas de retomada das encomendas para setembro e outubro, quando se iniciam as compras para composição de estoques para a demanda do Natal.
Expectativa
A Fecomercio reforça que o ciclo de queda nas vendas do comércio varejista permanecerá nos próximos meses uma vez que todos os fatores determinantes de consumo permaneceram negativos também no mês e a estimativa é uma retração entre 4% e 5% nas vendas em maio e -3% para o semestre. Em relação ao fechamento de 2015, a previsão é uma queda de 4%.
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