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Imprensa

FecomercioSP pede que governo estadual amplie horário de atendimento do comércio

Números da Entidade mostram que setor está evitando contratar e investir em meio às restrições; limitação de funcionamento também tende a aumentar aglomerações

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Em um contexto adverso para o comércio paulista, com quedas nos empregos, nas vendas e, consequentemente, nos investimentos do setor, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) solicitou, ao Palácio dos Bandeirantes que flexibilize o horário de funcionamento das atividades comerciais quanto ao que está determinado, hoje, pelo Plano São Paulo para a fase de transição. Em reunião, na última semana, com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, os pedidos foram realizados. A Entidade formalizou a solicitação com o envio de um ofício ao governador nesta terça-feira (27).

Para a Federação, limitar a todo o território paulista o atendimento entre 11h e 19h, como está previsto neste momento, tem o efeito contrário do pretendido pelo governo, porque não considera as dinâmicas de cada um dos municípios do Estado e, ainda, tende a aumentar a concentração de pessoas nos corredores comerciais e no transporte público. Assim, a medida mais adequada seria justamente expandir ao máximo o horário de atendimento destas atividades, deixando a cargo das prefeituras, em conjunto com os setores econômicos, a adoção de limites quando forem necessárias.

Com isso, o governo estadual conseguirá diminuir os riscos de aglomerações – que pautam as mudanças de fases dentro do Plano São Paulo – e, além disso, favorecerá a recuperação econômica no Estado.

Dados da FecomercioSP têm evidenciado a amplitude da atual crise e da necessidade de medidas de amparo aos negócios. Só na capital paulista, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 9% neste mês de abril. O indicador está no seu menor patamar desde setembro do ano passado. Da mesma forma, o Índice de Expansão do Comércio (IEC), que mede a propensão dos comerciantes da cidade a investir, registrou queda de 7,6% neste mês, saindo de 91,6 pontos, em março, para 84,6, agora (também o menor nível em sete meses).

No caso do IEC, o desempenho negativo se explica pela forma como as duas variáveis que o compõem retrocederam em abril – período posterior à fase mais rígida do Plano São Paulo, em março. As Expectativas para Contratação de Funcionários (ECF), que diz respeito à empregabilidade do comércio, caiu 8% – de 115,5 para 106,2 pontos agora. O Nível de Investimento (NIE) dessas atividades, por sua vez, retrocedeu 7%: de 67,7 pontos, em março, para 63, em abril. Isso significa sucintamente que o setor não está contratando e, ao mesmo tempo, está entesourando um capital que poderia servir para aquecer novamente a economia paulista.

São números assim que justificam, por si só, a necessidade de dar prosseguimento às mudanças solicitadas pela Entidade – que, como se vê, se pautam pela segurança dos consumidores e da sociedade como um todo, assim como pela importante retomada econômica do Estado.

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