Economia
25/08/2017Índice de Expansão do Comércio sobe pelo segundo mês consecutivo em agosto
Segundo a FecomercioSP, crescimento do PIB no primeiro trimestre e dados positivos no mercado de trabalho, além da queda nos juros e inflação sob controle motivaram alta no período
Para a Fecomercio, a tendência de recuperação é relevante e deve ser confirmada nas próximas pesquisas realizadas (Arte: TUTU)
Os empresários do setor do comércio estão mais confiantes na retomada da economia no segundo semestre, graças aos recentes números positivos no mercado de trabalho formal, à recuperação gradual da atividade industrial, ao declínio dos juros e da inflação e ao crescimento do PIB no primeiro trimestre, após oito trimestres consecutivos de queda. É o que aponta o Índice de Expansão do Comércio (IEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Após ficar estável em junho, em razão da crise política, o IEC cresceu pelo segundo mês consecutivo em agosto, com alta de 0,7%, ao passar de 93 pontos em julho para 93,7 pontos em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2016, houve expressiva elevação (20,3%). A pesquisa é realizada mensalmente pela FecomercioSP.
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Segundo a assessoria econômica da Federação, a tendência de recuperação é relevante e deve ser confirmada nas próximas pesquisas realizadas pela Entidade.
O desempenho foi motivado pela alta de 1,2% da expectativa para contratação de funcionários, que passou dos 112,7 pontos em julho para 114,1 pontos em agosto, a maior pontuação desde dezembro de 2014. Na comparação com o mesmo mês de 2016, quando o indicador marcava 94,5 pontos, o crescimento foi de 20,8%. Já o nível de investimento das empresas ficou estável em agosto, em 73,3 pontos. Em relação a agosto de 2016, quando o índice estava em 61,3 pontos, a alta foi de 19,6%.
Para a Entidade, as reformas e os ajustes em discussão dão confiança aos empresários e geram um ambiente mais propício para o efetivo crescimento dos investimentos, ao menos no médio prazo. O encaminhamento e a aprovação da Reforma da Previdência terão efeitos relevantes para percepção da condição de equilíbrio das contas públicas e, consequentemente, na propensão dos empresários de investir e contratar. A Reforma Política, que pretende reduzir o número de partidos e melhorar a representatividade dos eleitores, e a Reforma Tributária, que tem o objetivo de mitigar a guerra fiscal entre os Estados, também são importantes para a percepção dos empresários.
A FecomercioSP acredita que sinais mais claros de aprovação das três reformas citadas traria excelentes resultados atrelados à confiança de consumidores e empresários.
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