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Economia

Dados regionais e nacionais comprovam a recuperação econômica brasileira

Especialistas analisam resultados de 2017 e pesquisas da FecomercioSP para avaliar conjuntura nacional

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Dados regionais e nacionais comprovam a recuperação econômica brasileira

Em 2017, pela primeira vez desde a criação do regime de metas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou abaixo do piso da meta da inflação do Banco Central (BC)
(Arte/TUTU)

Dados representativos do cenário brasileiro ao longo de 2017 e do início deste ano apontam para uma recuperação da conjuntura econômica do País, como demonstrado também pelas pesquisas conduzidas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Um exemplo é a inflação oficial, que foi de 2,95% em 2017. Pela primeira vez desde a criação do regime de metas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou abaixo do piso da meta da inflação do Banco Central (BC). Da mesma forma, a Selic, taxa básica de juros definida pelo BC, caiu pela metade em 2017, em virtude de oito cortes consecutivos. A taxa foi de 13,75% ao ano no fim de 2016 para 7% a.a. em dezembro do ano passado, mínima histórica. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil também cresceu 1% em 2017, após dois anos de retração, confirmando o que havia sido previsto pela FecomercioSP.

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Considerando esses dados e analisando o cenário internacional, especialistas afirmam que o Brasil deve continuar obtendo bons resultados econômicos. “A China continua com avanço anual próximo a 6,5%, há excesso de liquidez no mercado e mais disposição dos investidores na tomada de risco”, acredita o presidente do núcleo de economia do Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP, Antonio Evaristo Teixeira Lanzana. Para ele, a economia mundial cresceu 3,6% em 2017 e deverá se expandir 3,7% em 2018. No mesmo período, acredita, os países emergentes crescerão 4,6% e 4,9%. Soma-se a isso, segundo ele, o fato de que os juros negativos na Europa, no Reino Unido e no Japão podem favorecer a entrada de capitais no Brasil.

Quanto aos impactos do cenário internacional na economia brasileira, Lanzana destaca a evolução de 26,5% nas exportações de produtos básicos e de 10,3% nos produtos industrializados. “Com isso, efeitos multiplicadores de emprego, renda e consumo são consolidados”, explica.

Índices da FecomercioSP

Os resultados das pesquisas realizadas pela FecomercioSP dão indícios dos efeitos citados por ele. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo em fevereiro, por exemplo, teve alta de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse foi o quinto avanço consecutivo e a maior pontuação desde março de 2014. De forma semelhante, o comércio varejista do Estado de São Paulo abriu 6.326 postos de trabalho em 2017, após dois anos de desempenho negativo.

Ainda sobre a economia brasileira, o professor Lanzana destaca que a Bolsa de Valores valorizou 20% ao longo do ano passado; o investimento direto estrangeiro cresceu 10%; enquanto o “risco Brasil” caiu 27%. “Também devemos enfatizar a redução do déficit externo, que chegou aos 4% do PIB em 2014 e agora está em 0,5%”, observa.

Diversos fatores políticos e sociais contribuíram para as mudanças no cenário econômico. Para o embaixador Marcos Castrioto de Azambuja, a conjuntura política tem grande impacto no saldo final. “O Brasil não está saindo da crise por decisões federais exclusivas e originárias, mas pela somatória de decisões envolvendo o Poder Executivo, o Congresso, os governos estaduais e os municípios”, explica.

“O que houve no Brasil foi extraordinário, pois, há meses, esse diagnóstico simplesmente não mereceria credibilidade, quando, agora, o Brasil se recupera”, acredita o embaixador. A robustez do País é um dado político, econômico e social, pois é um país que se recupera com uma velocidade absolutamente extraordinária. “O Brasil tem uma vitalidade que não é mensurável”, conclui.

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