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Negócios

Supermercados paulistas criam estratégias para vender bem na Páscoa

Com preços de alguns itens típicos da data mais caros, redes apostam na negociação antecipada com fornecedores, itens congelados e marca própria

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Supermercados paulistas criam estratégias para vender bem na Páscoa

Chocolates estão cerca de 12,61% mais caros que há um ano, o que não deve impulsionar de forma significativa a venda dos ovos na data
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero 

Embora a trajetória da inflação esteja em um patamar mais comportado em 2017, com alta de 0,25% em março, alguns produtos típicos consumidos na Páscoa ainda sofrem pressão. Considerando pratos tradicionais da data (como a bacalhoada), chocolates e bebidas alcoólicas, a assessoria técnica da Federação do Comércios de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) destaca oito itens relacionados que encontram-se com alta real em seus preços no acumulado de 2017. São eles: Pimentão (4,99%), Tomate (4,21%), Pescados (6,33%), Ovo de galinha (6,57%), Azeitona (1,27%) e Alimentação fora do domicílio (1,21%) - que seria um jantar ou almoço fora de casa. 

Em relação aos preços na comparação com o ano passado, seis itens estão mais em conta: Pimentão (-27,3%), Tomate (-26,92%), Brócolis (-8,65%) e Alho (-9,46%). Na contramão, considerando o mesmo período, alimentos como pescados podem custar até 9,28% a mais que há um ano. Bebidas alcoólicas – com exceção das cervejas - também estão, em média, 11,16% mais caras que um ano atrás. 

A FecomercioSP cita ainda os chocolates, que estão cerca de 12,61% mais caros que há um ano, o que não deve impulsionar de forma significativa a venda dos ovos de Páscoa, especialmente porque seus preços em quilo costumam superar muito o preço de uma mesma quantidade de chocolate em barra. É importante ressaltar, portanto, que em março os preços do chocolate recuaram 4,19%, muito provavelmente por receio dos comerciantes em amargar altos estoques de ovos, como notado no ano passado. 

De olho na alta dos preços, algumas redes de supermercados paulistas se prepararam para atrair o consumidor nesta data. 

“Nós ampliamos o sortimento de produtos e focamos também em itens correlatos. Como resultado, pretendemos aumentar as vendas em dois dígitos em relação ao ano passado”, diz Luciene Schedenffeldt, diretora de Marketing da rede DIA. Segundo ela, a Páscoa é a principal sazonalidade da categoria de chocolates do ano. Por isso, a rede decidiu apostar também em itens mais acessíveis, como as barras de chocolates, e nos produtos de marca própria, que representam cerca de 35% das vendas. “Temos ovos de Páscoa, barras de chocolate e bombons. Os produtos de marca própria da rede chegam a representar para o consumidor uma economia entre 15% e 20% no ato da compra”, acrescenta Luciene. 

Já a aposta da Coop - Cooperativa de Consumo é na oferta de desconto nas compras para os consumidores associados que fizerem o pagamento com o cartão da marca. “Para as compras com o cartão Coop Fácil haverá 20% de desconto em todos os bolos Pascais e parcelamento diferenciado para as categorias da Quaresma”, explica o diretor de operações, Valdomiro Sanches Bardini. 

A preparação da rede incluiu a compra de 30 toneladas de pescado e o planejamento para vender as mercadorias com preços, em média, 10% abaixo em comparação a 2016. Com essas ações, o resultado previsto é manter o mesmo volume de vendas do ano passado, que foi 8% superior a 2015. 

Para incrementar as vendas de ovos de Páscoa em pelo menos 10% em relação a 2016, a tática adotada pela rede Covabra foi negociar antecipadamente com os fornecedores e disponibilizar com antecedência os produtos nas prateleiras. “Os tradicionais ovos de chocolate estão à venda em todas as lojas da rede desde o dia 15 de fevereiro, porém as negociações com fornecedores começaram em dezembro de 2016. Essa negociação antecipada é fundamental para garantir um bom custo-benefício, além de ajustar o período de entrega dos produtos para que eles cheguem frescos ao consumidor”, conta o gerente de compras Fábio Saito. De acordo com ele, do ano passado pra cá, o aumento no preço desses itens foi de 5%. 

Em relação à venda de pescados – que devem crescer de 7% a 10% frente ao mesmo período do ano passado – a rede investiu na oferta de itens frescos como tilápia e salmão, além do tradicional bacalhau (salgado e também o dessalgado). Entre os pescados congelados, a aposta será nas vendas de lombo de cação, cubos de cação e filé de merluza.  

Empregos
Com alguns preços ainda salgados, a Páscoa tende a gerar pouco efeito para as vendas do comércio, embora a estimativa seja de um incremento na mão de obra temporária do setor. Clique aqui para conferir a análise da FecomercioSP. 

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